A redução da dose da vacina contra febre aftosa de 5 ml para 2 ml, solicitada pelo Ministério da Agricultura (Mapa) aos laboratórios beneficia pecuaristas. Além disso, não compromete a sanidade do rebanho, garante o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea). Segundo o presidente da entidade, Guilherme Nolasco, o ministério também cobra dos laboratórios a redução de valores ao produtor, uma vez que diminui o custo na fabricação, transporte e armazenamento.
“Hoje a vacina é trivalente com os vírus O, A e C, na dose de 5 ml. Ano que vem, a vacina se torna bivalente com os vírus O e A e a dose de 2 ml”, diz. “Consequentemente com a redução da dose se espera menos reação nos animais”.
O diretor técnico da Associação dos Criadores (Acrimat), Francisco Manzi, comenta que o pedido de redução da dose da vacina foi feito com base em estudos que comprovam que a circulação de 1 dos 3 vírus que compõem a vacina inexiste na América Latina, sendo desnecessária a trivalência. Com isso, a retirada deste componente implicará na redução do volume da dose, numa possível redução no custo, maior facilidade de armazenamento e, principalmente, redução na reação que o medicamento produz. “Porém, também será necessário realizar um trabalho de conscientização do produtor para explicar a alteração”.
Segundo o Mapa, a redução da dose de vacina contra aftosa no país está em consonância com a programação de retirar totalmente a vacinação entre 2019 e 2023. Além disso, a mudança deve evitar reações à vacina contra a febre aftosa. O ministro Blairo Maggi, garantiu na quarta-feira (21), que a reação à vacina não oferece risco à saúde pública, ao ser questionado sobre sinal (caroço) encontrado em carne exportada aos Estados Unidos. O Mapa, preventivamente, suspendeu a certificação sanitária de 5 frigoríficos no país, incluindo a unidade da Marfrig em Paranatinga.
