Vacinação contra a febre aftosa foi debatida no Uruguai

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O Fórum Mercosul da Carne pedirá ao Comitê Veterinário Permanente (CVP) que avalie a situação da região sobre a febre aftosa e a necessidade de que exista um enfoque regional frente aos anúncios do Brasil, que estuda deixar de vacinar contra a doença a partir de 2018 de forma gradual.

A avaliação primária feita pelo Fórum Mercosul da Carne, reunida na sexta-feira passada em Montevidéu, foi que antes de se propor a decisão, devem existir a nível oficial e privado as garantias sanitárias do ponto de vista técnico na região para deixar de vacinar contra a doença, disse o CEO do Grupo Marfrig no Uruguai, Marcelo Secco.

Ele disse que existe um âmbito oficial, como é o CVP, do qual participam membros públicos e privados, onde se deveria nivelar primeiro o estado da situação dos países, antes de solicitar uma situação desse tipo. No Fórum, houve concordância que do ponto de vista epidemiológico, a decisão sobre a campanha de vacinação deve-se tratar mais como região do que como país, ainda que também haja uma inclinação política.

A proposta que está sendo considerada pelos serviços sanitários brasileiros visa deixar de vacinar entre 2018 e 2021 de forma gradual em suas diferentes regiões.

Secco explicou que da mesma maneira que no Brasil esse assunto ainda está sendo discutido, o fórum regional da carne pede que o tema seja estudado a nível de Mercosul e com critérios técnicos políticos. “Há países que não compram de nós e eles têm essa doença, como é o caso da Coreia e do Japão.”

Em sua opinião, trata-se de decisões técnicas que devem ser analisadas pelos países e, depois, levadas a um âmbito regional oficial que é o CVP. Consequentemente, o Fórum Mercosul da Carne, integrado por representantes privados da produção pecuária e dos frigoríficos de toda a região, incluindo o Brasil, resolveram solicitar ao CVP que intervenha com uma avaliação regional. Por exemplo, fazer uma avaliação dos países, com uma revisão e fortalecimento dos respectivos serviços sanitários oficiais.

Também foram tratados outros pontos, entre eles, a exigência de Israel, que deu um prazo de um ano para Argentina e Uruguai para adequar as instalações de abate, “o que implica um forte investimento” e que se seguirá analisando.