Em relação aos números de 2017, as intenções de confinamentos tiveram um crescimento de 1,95% este ano, segundo o levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA, Cuiabá/MT). Tais dados apontam cautela por parte dos pecuaristas.
Em abril, no entanto, o volume de animais confinados foi 0,83% maior, o estudo foi solicitado pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). No anterior o número de confinamentos foi de 694.145 frente à previsão de 707.680 neste ano.
Este ano, 67,9% dos animais que serão confinados já foram comprados pelos produtores, o representa mais de 480 mil cabeças. Esse dado salienta a importância do confinamento.
O diretor-executivo da Acrimat, Luciano Vacari, acredita que os pecuaristas estão calculando os custos e a analisando o comportamento do preço da arroba na hora de tomar a decisão.
“O confinamento é atividade que mais exige planejamento para que seja rentável dentro da pecuária. Com alta dos insumos e instabilidade no preço da arroba, os produtores não devem investir na ampliação do plantel confinado”, afirma Vacari.
Para se planejar é necessário pensar em todos como os dos insumos, um dos mais importantes é o chamado proteinados utilizado na alimentação. O milho e o farelo de soja estão mais caros, enquanto a torta de algodão está 52% mais barata.
Outro fator importante que tem pesado na tomada de decisões é o valor da arroba. Desde o início do ano houve uma desvalorização de 1,4% e se comparar com a cotação do mercado futuro a queda é de 3%. “Considerando a queda no preço da arroba, aumento de custo do insumo, temos no mercado de confinamento aqueles que se planejaram e anteciparam as compras. Em julho teremos uma melhor perspectiva de como será a atividade este ano”, afirma Vacari.