Mato Grosso registrou 18 casos de raiva bovina de janeiro a maio deste ano. O número corresponde a 36% do total registrado em 2015, quando 50 casos foram contabilizados. Os 2 últimos casos registrados pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) foram confirmados em 19 de maio, sendo um em Cuiabá e outro em Nova Ubiratã. O balanço parcial para os 5 primeiros meses do ano está dentro das projeções do Estado.
A responsável técnica pelo Indea, Daniella Bueno, explica que a raiva animal é transmitida por uma espécie de morcego hematófago, que se alimenta exclusivamente de sangue. Ela orienta que não existe risco de surto de raiva entre os animais porque o vetor da zoonose que causa a doença é o morcego. “Contudo, orientamos que na situação de um animal apresentar os sintomas de raiva, precisa-se acionar o Indea com urgência e evitar manipulação com o animal, já que pode ser transmissível para o ser humano”.
Os sintomas de um animal com raiva é a paralisia na língua, o que fomenta o excesso de baba, ou paralisia na parte traseira. Daniella explica que o animal fica lento ou com dificuldades para ficar em pé. “É importante ressaltar que a presença de raiva em um rebanho não é sinônimo de efeitos negativos economicamente, já que se dá de forma isolada. Para se ter uma ideia, em um rebanho com 92 cabeças em Sinop, apenas um animal morreu com a doença, permanecendo os demais imunes”, exemplifica.