A profissionalização da pecuária é o grande desafio do setor. A afirmação foi feita pelo superintendente da Acrimat Francisco Manzi, o Chico Manzi.
Em entrevista ao RDNEWS, Chico pondera que, cada vez mais, é escasso o espaço para amadores no setor. Nesta linha, entende que a profissionalização na pecuária é mais difícil do que na agricultura.
Justifica que, ao comprar uma fazenda, por mais que não saiba ser agricultor, é possível comprar um pacote tecnológico, que varia dependendo do tipo de solo e região. Já na pecuária, segundo Manzi, o pacote é mais “melindroso e tem muito mais variáveis”.
Ressalta que as margens de lucro estão cada vez menores, por isso, onde havia cabeça por hectare é preciso ter de duas a quatro. “E você tem uma concorrência da própria agricultura. Temos terras de pastagem que são propícias para a agricultura”, salienta.
O superintendente da Acrimat entende que uso da tecnologia é vital para o desenvolvimento do setor, mas pondera que outro desafio é o da qualificação de mão de obra, que era muito tradicional e com muitas dificuldades de absolver as mudanças.
Entre as “ferramentas” para alcançar a excelência, ele cita o melhoramento genético que amplia o desempenho do animal; além investimento em pastagens – com divisões e instalações mais adequadas – no confinamento e semi-confinamento. “Hoje o pacote tecnológico tem vários pontos. Tem que evoluir a mão de obra, tem que evoluir a cabeça do proprietário, tem que evoluir a genética, tem que evoluir as próprias pastagens”, resume.
Hoje o rebanho de Mato Grosso é de 29,3 milhões de cabeças, espalhadas em 24 milhões de hectares de pastagem.