Abates de julho são os maiores em 19 meses

No mês passado, frigoríficos abateram 431,690 mil animais

abate1Os frigoríficos de Mato Grosso abateram 431,690 mil bovinos em julho, o maior volume desde janeiro de 2015, quando foram enviados às indústrias 413,080 mil animais, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), com base nos dados estatísticos do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea). Esse aumento da atividade frigorífica é motivado pela necessidade dos pecuaristas eliminarem parte do rebanho, já que o período seco dificulta a nutrição dos animais. “Com o período seco próximo de seu auge em Mato Grosso, o bovinocultor tende a intensificar as negociações com os frigoríficos, visto que a pastagem disponível já dá sinais de exaustão, e isso dificulta a manutenção do rebanho na área”, registram analistas do Imea.

Além disso, como observam no último boletim semanal, a suplementação se tornou mais cara e isso desestimula a engorda de bovinos no sistema consorciado de pasto e cocho. Contudo, nem mesmo o aumento na oferta de animais para abate foi suficiente para alongar as escalas, pontua o Imea. Assim como ocorreu em 2015, frigoríficos relataram o encerramento das atividades. “Vislumbra-se um momento delicado e com a intensificação da seca, o consumo interno em queda e margens apertadas, o cenário que se forma é nebuloso, gerando desafios para toda a cadeia produtiva”.

AFTOSA – Nesta sexta-feira (12), o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, assinou em Rondonópolis – durante a 44ª Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial do Sul de Mato Grosso (Exposul) – protocolo que altera o calendário de vacinação contra a febre aftosa no Estado. A mudança prevê a imunização total do rebanho em maio de 2017 e dos animais com até 24 meses em novembro do próximo ano.