O diretor do movimento Pró-Logística, Edeon Vaz, destacou que a ferrovia que ligará Sinop (Mato Grosso) a Miritituba (Pará), a chamada “Ferrogrão” é a “esperança mais próxima” para se diminuírem os custos com a produção agropecuária no Estado. “Já tem empresas interessadas. Acreditamos que ainda no ano que vem saia licença prévia para a construção. Em oito ano esperamos que esteja implantada”, afirmou, em entrevista ao Só Notícias/Agronotícias.
Vaz também criticou o modal rodoviário, mas afirmou, ao comentar o reajuste nas tarifas de pedágio da BR-163 concedido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que o movimento apoia a liberação do financiamento para a concessionária concluir as obras na rodovia. “Não temos dúvida que é o modelo mais caro. O reajuste no pedágio é anual e não temos como ir contra. Agora, a gente sabe que as obras estão paralisadas e estamos trabalhando para que o financiamento seja liberado, assim as obras terão continuidade no próximo período seco”.
O diretor do Pró-Logística também comentou a mudança no governo federal, após a saída de Dilma Rousseff (PT) e posse de Michel Temer (PMDB). “A perspectiva é positiva em relação a mudança de governo, que passa a ter mais crédito”.
Conforme Só Notícias/Agronotícias já informou, o movimento que defende a implantação das ferrovias em Mato Grosso recebeu duas importantes notícias na última semana. Isso porque o presidente Michel Temer anunciou a primeira rodada de concessões em infraestrutura no país. Entre os 25 projetos, está a concessão da Ferrogrão, que deve ter o edital lançado no 2º semestre de 2017. Os investimentos previstos são de R$ 10 bilhões.
Na quinta-feira (15), o governado Pedro Taques (PSDB) assinou um memorando oficializando a parceria com o governo chinês para construção da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) conjuntamente com a ferrovia Bioceânica, que ligará Mato Grosso ao Oceano Pacífico. São esperados pelo menos R$ 20 bilhões em investimentos.