Embrapa lança novas réguas de manejo de pastagem

Versões anteriores foram atualizadas, tendo sido incluídas diferentes variedades de capins lançados recentemente e revistas algumas medidas de altura de pastejo
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no whatsapp

José Alexandre (esquerda) e Haroldo Queiroz (direita), com a régua de pastagens

Importantes ferramentas para monitorar o pastejo, as réguas de manejo da Embrapa Gado de Corte sofreram atualizações. As principais mudanças, de acordo com o pesquisador José Alexandre Agiova da Costa, consistem na alteração das alturas de manejo de algumas cultivares; retirada de outras, em desuso; e a inclusão de novos capins, como a recém-lançada braquiária Ipyporã e o panicum BRS Quênia.

Estão contemplados também nas novas réguas capins com um ou até dois anos de lançamento no mercado, como os panicuns Zuri e Tamani e a braquiária Paiaguás. “Com essa atualização, a Embrapa acompanha a chegada das novas cultivares, que normalmente levam um tempo para serem multiplicadas pelas empresas parceiras e chegar ao mercado”, afirma Agiova. Capins mais tradicionais como o Marandu e as braquiárias Xaraés, decumbens e Piatã continuam a ter marcações na régua, tendo sido incluída também a humidícola BRS Tupi. No caso dos panicuns, o Massai, Mombaça e Tanzânia são as outras variedades presentes.

Uso na propriedade – Com faixas em vermelho e verde, as réguas indicam qual o momento certo de colocar ou tirar animais do pasto, no caso do pastejo contínuo, ou de entrar e sair com o rebanho, no caso do pastejo rotacionado. “O uso é bem simples e intuitivo, sendo a diferença entre os dois tipos de pastejo que no rotacionado o animal entra no limite superior da régua e sai no limite inferior. Enquanto no pastejo contínuo qualquer ponto da faixa verde é considerado correto para manter a taxa de lotação”, explica o pesquisador da Embrapa Gado de Corte.

Para fazer as medições, Agiova recomenda que o produtor percorra o pasto procurando se distanciar da porteira, do cocho e das áreas de bebedouro, onde a tendência é que o terreno esteja mais pisoteado. “Em uma área com extensão de 50 metros, ele pode fazer 10 medições e, se encontrar resultados como: 3 medidas acima da altura, 4 abaixo e 3 no meio da faixa verde, está tudo normal, podendo ser mantidos os animais na área”, exemplifica. Como o pasto costuma ser desuniforme, o comportamento natural do rebanho, segundo ele, é ir buscando as áreas de subpastejo para consumir as folhas remanescentes, igualando pouco a pouco o nível do capim.

Quanto ao período de uso da régua, o indicado é que seja na transição da seca para as águas e durante toda a estação chuvosa. “Porque são nesses 7 a 9 meses que você vai ter o crescimento da forragem”, diz o pesquisador.

Importância da régua – Manejando bem a pastagem, o produtor evitará tanto que o capim fique fibroso e senil quanto que haja degradação da área. “Se ele deixa passar da altura recomendada, cresce mais a estrutura que sustenta a planta – o caule, o talo – e diminui seu valor nutritivo, sendo reduzido também o ganho de peso dos animais”, explica.

Na contramão disso, ou seja, se o pasto sofre com o superpastejo, outros problemas surgem, como a degradação da pastagem. “Se a altura do pasto é inferior à recomendada, ele vai perdendo capacidade de rebrota, perde capacidade de suporte e pode terminar entrando em processo de degradação”, conclui Agiova.

Hoje, as duas empresas licenciadas para comercializar a régua de manejo de pastagens desenvolvida pela Embrapa Gado de Corte estão localizadas no Estado de São Paulo. Uma delas é a Prático Indústria e Comércio, de Garça, cujo telefone é o (14) 3406-2718 e a outra a Polite Polímeros e Tecnologia, de Marília, que pode ser contatada pelo (14) 3417-5684.