Marco Túlio, presidente da Acrimat, faz duras críticas à tributação
A proposta de aumento no valor do óleo diesel no Estado não é bem aceita pelo setor produtivo. A mudança na taxação é cogitada para que o Executivo consiga manter o custeio da saúde em Mato Grosso, uma vez que a gestão do governador Pedro Taques (PSDB) alega dificuldades financeiras com base na crise econômica que assola o país. Os prefeitos também apresentaram preocupação quanto a mudança.
“O acréscimo no valor do óleo diesel tem impacto direto no custo do agronegócio e o setor não vai pactuar com qualquer forma de tributação que onere ainda mais a produção no estado. O setor vem, recorrentemente, colaborando com o governo por meio do Fethab e de parcerias com a iniciativa pública e não é justo ser responsabilizado a pagar mais essa conta”, afirmou o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Marco Túlio Duarte Soares.
A prefeita de Sinop, Rosana Martinelli (PR), manifestou preocupação quanto ao valor do diesel e pediu para que o Executivo faça uma reavaliação na destinação dos recursos. A proposta, até o momento apresentada pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (PSB) é de um acréscimo de R$ 0,10 o que renderia em torno de R$ 300 milhões ao Estado. “Temos que buscar recursos novos para pagar o déficit que tem na saúde. Foram levantadas algumas alternativas, mas não pode ser somente no aumento de um valor no diesel, porque o principal consumidor do diesel no Estado são as prefeituras e nós vamos pagar por isso. Então temos que ter o apoio e a participação de todos”, disse a prefeita.
