O mercado de boi gordo apresentou preços bem mais altos em agosto nas principais praças de comercialização e produção do Brasil. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os agentes do mercado finalmente assimilaram uma conjuntura de oferta bastante limitada de animais terminados.
Segundo ele, os frigoríficos se depararam ao longo do mês com grande dificuldade para a composição de suas escalas de abate. “O encarecimento dos fretes devido ao aumento do custo do diesel agravou o quadro”, completa.
Pelo menos para a primeira quinzena de dezembro, a tendência é que os preços permaneçam em escalada diante desses fatores e também da esperada elevação na demanda típica de início de mês.
Em 31 de agosto, os preços a arroba do boi gordo na modalidade à vista em São Paulo chegaram a R$ 143,00 a arroba, contra R$ 123,00 em 31 de julho. Goiás registrou R$ 135,00 a arroba, ante R$ 113,00 a arroba, e o Mato Grosso do Sul atingiu R$ 137,00 a arroba, contra R$ 115,00 a arroba.
Mercado externo
As exportações de carne bovina “in natura” do Brasil renderam US$ 426,4 milhões em agosto, até a quarta semana (19 dias úteis), com média diária de US$ 22,4 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 100,8 mil toneladas, com média diária de 5,3 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.232,10.
Na comparação com julho, houve ganho de 4,6% no valor médio diário da exportação, alta de 4,7% na quantidade média diária exportada e perda de 0,1% no preço médio.
Na comparação com agosto de 2016, houve avanço de 47,3% no valor médio diário, alta de 48% na quantidade média diária e baixa de 0,5% no preço médio.
