Rebanho precisa de mais atenção

Em Mato Grosso, o calendário de vacinação foi invertido pelo Instituto de Defesa Agropecuária (Indea)
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O período chuvoso caracteriza em Mato Grosso o verão e indica o início da estação de monta na pecuária. Essa época coincide com o momento de vacinar o rebanho bovino e bubalino contra a febre aftosa.

A partir do dia 1º de novembro começa a 2ª etapa de vacinação do gado, quando serão imunizados os animais com idade até 24 meses, inclusive aqueles localizados na região do Pantanal e que são manejados para as áreas secas.

Em Mato Grosso, o calendário de vacinação foi invertido pelo Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) justamente para facilitar aos pecuaristas um manejo mais voltado para a concepção dos animais nessa época do ano, comenta o médico veterinário e gerente de Relações Institucionais da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Nilton Mesquita Junior.

“Normalmente é o período em que começa a estação de monta na grande maioria das propriedades”, contextualiza ele. “Até por isso houve a inversão no calendário de vacinação, para não chocar manejo”.

Conforme ele, durante a 1ª etapa de vacinação realizada no mês de maio, quando são imunizados todos bovinos, o pecuarista organiza um manejo sanitário. Já nesse mês de novembro, a vacinação coincide com a estação de monta e o manejo acaba sendo mais específico para a concepção dos animais.

Para que a movimentação dos animais seja adequada e a imunização bem-sucedida, o médico veterinário orienta os pecuaristas a separar o rebanho por lotes, compostos por animais de pesos e tamanhos equivalentes. “Isso facilitará o manejo e evitará acidentes e o risco de perder algum bezerro ou novilha”. A medida previne, inclusive, acidentes de trabalho nas propriedades.

É importante, ainda, que o curral e os equipamentos utilizados na vacinação sejam verificados. “Ter o cuidado de comprar as vacinas em lojas autorizadas e que tenham sido inspecionadas pelo Indea”.

O armazenamento adequado das vacinas é outra medida importante a ser adotada pelo pecuarista. “A partir do momento que comprou a vacina, ela deve ser armazenada sem congelar, caso contrário se tornará inativa”, orienta ele. Ao transportar para a propriedade, as vacinas devem ser levadas em uma caixa de isopor com gelo.

Se for deixada na propriedade, deve ser em geladeira específica. “Assim evita-se quedas bruscas de temperaturas com a abertura frequente da geladeira”.

As agulhas que serão utilizadas na imunização também devem ser examinadas e trocadas após usadas em grupos de 10 a 15 animais. Ele detalha que a vacinação deve ser subcutânea e na tábua do pescoço do animal. “Normalmente se fala para fazer um beliscão, puxar um pouco e introduzir a agulha. Aplicar menos velocidade garante mais tranquilidade”, detalha. “Isso ajuda a reduzir a reação vacinal, que leva a perdas de até 8 quilos de carne por animal”, registra.

O veterinário orienta a aproveitar o momento da vacinação para imobilizar o animal no tronco, pesar, fazer a vermifugação e olhar se apresenta algum problema.