Representantes das Nações Unidas conhecem produtividade de Mato Grosso

Grupo afirma que os governos precisam pensar em ações para serem concretizadas em médio e longo prazos
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Recebidos na Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) na última quarta-feira (29), um grupo de seis representantes do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (Unops) conheceu o sistema de produção agropecuária do Estado.

Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), parte do Sistema Famato junto ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT) e sindicatos rurais, salienta que o campo é responsável pelo desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do País.  Latorraca informou que 50,5% do PIB do Estado vêm do agronegócio.

O diretor de Relação Institucionais da Famato, José Luiz Fidelis, fez uma apresentação institucional sobre o sistema. O superintendente do Imea, Daniel Latorraca, mostrou dados que comprovam que Mato Grosso é campeão na produção de soja, milho, algodão e rebanho bovino.

O diretor de Posicionamento Estratégico da Unops, o britânico Steve Crookey, fez uma observação sobre a falta de projetos a médio e longo prazos. Para ele, tudo o que é de imediato é mais difícil de solucionar quando se refere às demandas de um país como o Brasil, pois sua geografia extensa e diversidades regionais não garantem essa possibilidade.

O representante regional especialista em infraestrutura da Unops, Oscar Marenco Ruiz, disse que Mato Grosso é tido como o Estado de oportunidades, mas que enfrenta diversos problemas de infraestrutura. “É impressionante o potencial agrícola e pecuário de Mato Grosso, o que falta agora são investimentos em logística. Vejo que esse é o maior gargalo do setor atualmente e que precisa ser olhado como prioridade pelas autoridades governamentais”, diz Ruiz.

Fidelis acredita que o Estado tem condições de produzir muito mais do que vem produzindo, se tivesse uma logística eficiente, incluindo rodovias federais pavimentadas, ferrovias, hidrovias e portos. “Com rodovias pavimentadas e ferrovias, além de agilizar o transporte, teríamos mais rentabilidade”, afirma o produtor e diretor da Famato.

Outras dúvidas. Os representantes da Unops ainda indagaram se a economia gerada pela produção exclusivamente agropecuária traria ganho social para a população desses locais. Neste caso, José Luiz Fidelis e Daniel Latorraca foram incisivos em afirmar que a diferenciação na qualidade de vida ou melhora no bem-estar das pessoas as quais os visitantes se referiam é acima da média de qualquer outra localidade do estado e muito superior a maioria do país, pois a geração econômica não está voltada somente ao ganho do produtor rural. O Agro promove um ganho em cadeia, que vai do colaborador da propriedade até aos moradores das cidades que perfazem esse polo produtivo, seja na venda de todo tipo de material de consumo ou em qualquer prestação de serviços.