Começa na próxima terça-feira, 1o de maio, a vacinação contra febre aftosa em Mato Grosso. Nesta 1a etapa, bovinos e bubalinos de todas as idades deverão receber a vacina. O número de animais que serão imunizados está estimado em 30 milhões de cabeças, segundo o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea). Há 22 anos, o Estado não registra a doença, o que abre mercado para a carne mato-grossense.
Daniella Bueno, presidente do Indea, lembra que nos últimos anos a cobertura vacinal ficou acima de 99%, mostrando o empenho dos pecuaristas em proteger o rebanho. “Durante a vacinação fazemos a sorologia para verificar a imunidade dos rebanhos, considerada uma das mais altas do país. Também verificamos se há vírus circulante”.
A erradicação da febre aftosa levou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a elaborar o Plano Estratégico do Programa Nacional de Febre Aftosa (PNEFA) 2017-2026 para garantir o status de país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres sem vacinação. O Plano foi organizado em 16 operações, compostas por 102 ações a serem executadas em 10 anos.
Para conduzir o processo de transição de status sanitário, de livre com vacinação para livre sem vacinação, os estados foram organizados em 5 blocos. Está prevista evolução progressiva das zonas livres sem vacinação em 3 etapas, iniciando-se em 2019 e finalizando em 2023. Mato Grosso está no Bloco 5, com a última imunização prevista para 2021.
O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Marco Tulio Duarte Soares, destaca que o pecuarista é comprometido com a sanidade do rebanho e sabe a importância de cumprir todas as suas obrigações “para manter as relações comerciais e levar sua carne para mais de 100 países”. O produtor deve comunicar a vacina ao Indea até 11 de junho.
