Fazendas Alfa

Na entrevista do mês, o superintendente do Imea, Daniel Latorraca, fala da rede criada para conectar os produtores rurais como o novo mundo digital. O maior problema, por enquanto, é a falta de sinal de internet no campo.
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Daniel Latorraca Ferreira, 32 anos, é superintendente do Imea, Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária há 9 anos, é economista com MBA no agronegócio, e hoje é também o coordenador de uma nova ideia no Mato Grosso, a Rede de Fazendas Alfa, programa integrado aos esforços da Famato, Imea e Senar-MT, dentro do AgriHub, sistema que tem o objetivo de ser a ponte que liga a tecnologia ao campo. Além disso, busca contribuir para aumentar a renda dos produtores rurais usando o mínimo de recursos e para o desenvolvimento sustentável da produção agrícola e pecuária por meio da inovação tecnológica. O Imea é uma instituição privada sem fins lucrativos, vinculado ao sistema Famato – Federação da Agricultura do Estado do Mato Grosso, em parceria com a Aprosoja, Ampa e Acrimat, foi criado em 1998, e tem sede em Cuiabá-MT. O Imea realiza estudos e projetos socioeconômicos e ambientais em todo o território mato-grossense, e produz informações estratégicas do agronegócio para as entidades mantenedoras. Daniel concedeu entrevista para Agro DBO, conduzida por Richard Jakubaszko, editor-executivo, para detalhar o que é a Rede de Fazendas Alfa, uma promissora iniciativa que visa agilizar a agricultura digital.

Agro DBO – O que é a Rede de Fazendas Alfa? 
Daniel Latorraca – Esse projeto nasceu dentro do programa AgriHub que é uma iniciativa do Sistema Famato, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) e o Imea. Montamos o projeto para conectar os produtores com as novas tecnologias, especialmente as digitais. O primeiro passo foi criar um grupo de produtores com um perfil assemelhado de atitudes, mais abertos a receber os testes para validação dessas novas tecnologias. Diante dos resultados estaríamos aptos a difundir as experiências de sucesso, validando-as, e com isso melhorar a renda dos produtores, ou mesmo reduzir custos e também melhorar os processos.

Agro DBO – Dá para imaginar as dificuldades, pois a maioria das propriedades rurais, especialmente no Mato Grosso, são distantes dos grandes centros urbanos, e não têm acesso à internet, não é isso?
Daniel Latorraca – 
Exatamente. Esse é um dos pontos principais que a gente está discutiu durante dois dias no Fórum Rede de Fazendas Alfa, que abriu a programação do evento Summit AgriHub (18 e 19 de abril último), no Cenarium Rural, em Cuiabá- MT. A conversa foi em como que a gente resolve isso, como acelerar esse processo, para obter uma maior abrangência na conectividade para que, de fato, essas novas tecnologias e ferramentas cheguem ao campo.

Agro DBO – A Rede de Fazendas Alfa pode operar independentemente de as fazendas terem ou não internet?
Daniel Latorraca –
 Na verdade, algumas das 53 propriedades já vinculadas ao projeto têm internet, mais ou menos a metade, e as demais estão sem acesso. O fato é que eles estão aptos, com interesse de discutir, de ajudar e até quem sabe abrir alguma área das suas propriedades para fazer os testes dessas novas tecnologias, tanto de empresas já estabelecidas como de startups, para dar soluções a problemas crônicos no campo.

A matéria completa está na edição de maio da Revista Agro DBO. Assinantes também podem lê-la na edição digital.