Governo de MT promete reduzir R$ 0,17 no litro do diesel após negociação com sindicatos

Na prática, redução se dará devido ao congelamento da base de cálculo do ICMS que incide no preço final do combustível.
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O governo de Mato Grosso anunciou nesta segunda-feira (28), depois de muita negociação, a redução em R$ 0,17 no litro do diesel no estado, para atender as reivindicações de alguns setores, que apoiam a paralisação dos caminhoneiros.

Ao longo do dia, várias reuniões foram realizadas no Palácio Paiaguás, sede do governo do estado, com representantes da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo) e do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado (Sindimat).

De acordo com o diretor da Acrismat, Custódio Rodrigues, a situação da suinocultura é crítica pela falta de ração para os animais. Segundo ele, há registro de mortes e até de canibalismo entre os porcos, por falta de alimento.

“A suinocultura já enfrentava vários problemas. Essa paralisação dos caminhoneiros só aumentou as dificuldades. Os frigoríficos estão abarrotados de carnes que não são despachadas e não chegam às prateleiras”, explicou.

Ele disse ainda que o setor apoia a reivindicação dos caminhoneiros, mas que a situação chegou a um ponto em que é preciso ter bom senso.

Durante reunião, o presidente do Sindipetróleo, Aldo Locatelli, reivindicou ao governador Pedro Taques (PSDB), entre outras medidas, a redução da alíquota do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o combustível, que atualmente é de 17%.

“O governador precisa entender que Mato Grosso sofre com o efeito “cascata”. Quando aumenta o preço do diesel na refinaria, reflete diretamente nos impostos aqui e tudo é repassado para o distribuidor. É essa política que tem que mudar. Em outros estados não funciona assim”, ressaltou.

Terminada a reunião, o governador convidou todos para uma última conversa sobre o gerenciamento de crise, com a participação de autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário.

Ficou acordado que os 17% do ICMS serão mantidos, mas o governo se comprometeu a congelar a base de cálculo que íncide no preço final do combustível. Na prática, vai representar uma economia de R$ 0,17 no litro do diesel.

O procurador-geral do Estado, Rogério Gallo, explicou que com relação à reivindicação da categoria, que seria a redução do ICMS, o estado não pode reajustar sozinho, é preciso a unificação com os demais estados. Disse ainda, que o congelamento vai garantir a estabilidade nos preços do diesel até que outras medidas possam ser avaliadas.