MT lidera rebanho bovino brasileiro

Estado do Centro-Oeste representa 13,8% da produção nacional
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2017. A publicação e os materiais de apoio da pesquisa podem ser acessados na íntegra clicando aqui.

De acordo com o levantamento, em 2017 o efetivo de bovinos no Brasil foi de 214,9 milhões de cabeças. O número representa uma queda de 1,5% com relação a 2016, que foi ano recorde da série histórica, iniciada em 1974.

O ano foi marcado por aumento no abate de matrizes, influenciado por baixos preços do bezerro e da arroba (Foto: reprodução)

A região Centro-Oeste apresentou 74,1 milhões de cabeças, respondendo por 34,5% do total nacional em 2017, seguida por Norte (22,6%), Sudeste (17,5%), Nordeste (12,9%) e Sul (12,6%). O Mato Grosso permaneceu como maior produtor entre as UFs (13,8% do total nacional). Entre os municípios, São Félix do Xingu (PA), Corumbá (MS) e Ribas do Rio Pardo (MS) tiveram as maiores participações.

Norte se destaca. O rebanho bovino continuou apresentando crescimento na região Norte do País, que possui o segundo maior efetivo, sendo a única a apresentar crescimento em 2017, com variação de 1,0% em relação a 2016. De 2007 a 2017, o rebanho bovino cresceu 28,0%, a maior variação entre as regiões no período.

Dentre os dez municípios que mais expandiram seus rebanhos em números absolutos nos últimos dez anos, sete encontravam-se no Pará. Dos 20 com os maiores efetivos de bovinos em 2017, 11 estavam no Centro-Oeste e nove no Norte. São Félix do Xingu (PA), líder no efetivo nacional em 2017, teve crescimento do rebanho de 23,6% nos últimos dez anos. Em 2010, o município ultrapassou Corumbá (MS) no ranking municipal.

Produção de leite. A produção nacional de leite foi de 33,5 bilhões de litros em 2017, recuo de 0,5% frente a 2016. As regiões Sul (35,7%) e Sudeste (34,2%) tiveram as maiores participações.

Minas Gerais, com 26,6% da participação nacional, foi o principal produtor entre os estados, liderando também o efetivo de vacas ordenhadas (20,0%). Entre os municípios, Castro (PR) liderou, com 264,0 milhões de litros produzidos, uma diferença de mais de 70 milhões de litros para o segundo colocado, Patos de Minas, que produziu 191,3 milhões.

Em relação ao número de vacas ordenhadas, a região Sudeste liderou com 30,4% de participação nacional, no entanto, o Sul, com 21,4% da participação, obteve a maior produtividade, ou seja, o número médio de litros de leite obtido no ano por cabeça.

No Sudeste a média foi de 2.209 litros enquanto que o Sul registrou 3.284 litros. A média nacional foi de 1.963 litros em 2017, expansão de 14,7% frente a 2016. Entre os municípios, Araras (SP), Carambeí (PR) e Castro (PR) registraram maior produtividade.

O preço médio nacional do leite em 2017 ficou em R$ 1,1/litro, uma queda de 5,6% em relação a 2016, ano que registrou o maior valor da série histórica ocasionado principalmente pela queda na produção e competição pelo produto por parte da indústria. O valor de produção no ano gerado na atividade foi de R$ 37,1 bilhões.