A diretora regional da Associação dos Criadores de Gado de Mato Grosso (Acrimat), Maria Ester Tiziani Fava, é uma das indicadas este ano ao Prêmio Mulheres do Agro, que valoriza práticas de gestão inovadora de produtoras rurais e pecuaristas brasileiras. A iniciativa foi idealizada pela multinacional alemã Bayer em 2018, em parceria com a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG).
Maria Ester, conhecida como Téia Fava, concorre na categoria Gestão Inovadora em Grande Propriedade, que reconhece inovações para boas práticas agrícolas focadas na gestão de recurso hídrico, uso correto de defensivo agrícolas e conservação do meio ambiente (seu caso), respeitando os pilares da sustentabilidade – econômico, social e ambiental. As três melhores em pequenas, médias e grandes propriedades são premiadas.
“A edição deste ano do Congresso está incrível, a variedade de temas é enorme. Este ano fui indicada ao prêmio Mulheres do Agro, o que me honrou muito, pois credita à minha história algo de significativo, dentro de um universo de quase 250 outras histórias de mulheres do agro; eu já me sinto vitoriosa por estar entre as três finalistas”, diz Maria Ester Fava.
A pecuarista, Téia Fava, acredita que foi indicada por levar à risca a questão da sustentabilidade em suas terras. “Estou realizando um trabalho, há três anos, focado na sustentabilidade do meu negócio; eu intensifico as minhas áreas degradadas, ao invés de projetar e abrir novas áreas, não que eu não vá faze-lo quando as licenças saírem, mas fomos em busca de formas de aproveitar as que já foram abertas”.
A produtora rural contou com apoio de uma organização não governamental, que a auxiliou com questões de natureza ambiental, fornecendo estrutura técnica para que fosse possível executar o trabalho. “Foi uma junção de valores que resultou no que eu penso que foi um sucesso, fazer mais dentro das possibilidades que o meio ambiente nos dá, e eu sinto que faço parte da população que está preocupada com o futuro”.
Prêmio
O objetivo do prêmio é reconhecer a contribuição da mulher nas atividades agropecuárias e apoiá-las na luta em prol da igualdade de gêneros, explica a assessoria do evento. A premiação se consolida como vitrine brasileira de cases de sucesso de mulheres à frente de empreendimentos agropecuários, tornando-as protagonistas de suas histórias.
De acordo com a direção do Congresso, esse protagonismo acaba por gerar investimento e incentivo de empresas do setor, que visualizam na força feminina uma oportunidade de crescimento.
“Nas últimas décadas, as mulheres avançaram em todos os setores do agronegócio, inclusive na pecuária. Ainda somos minoria, mas a cada ano aumenta o número de mulheres que enfrentam o desafio de atuar no setor e este recorde de público neste 4º Congresso Nacional de Mulheres do Agronegócio, é prova disso! As mulheres estão ocupando os espaços antes ocupado exclusivamente por homens e querem estar capacitadas e aptas a apresentar os melhores resultados”, destaca a médica veterinária Daniella Bueno, diretora executiva da Acrimat, que no evento representou o presidente da entidade, Marco Túlio Duarte Soares.