O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou nesta terça (11) instrução normativa que reconhece como áreas livres de febre aftosa sem vacinação os Estados do Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e parte dos Estados de Mato Grosso e do Amazonas. A última etapa de vacinação contra febre dos bovinos dessa região de Mato Grosso ocorreu em novembro de 2019.
Em MT, a decisão atinge cerca de 500 mil cabeças de gado em uma pequena área do estado, constituída por propriedades de quatro municípios (Aripuanã, Colniza, Comodoro e Juína), e de todas as propriedades do município de Rondolândia.
O documento leva a assinatura da ministra Tereza Cristina e entra em vigência a partir do dia 1 de setembro.
Delineado para ser executado em um período de dez anos (2017-2026), o PE-PNEFA está alinhado com as recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e com as diretrizes do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), contribuindo para a erradicação da doença na América do Sul.
Nesses 30 meses de execução do PE-PNEFA, os estados do Rio Grande do Sul e Paraná, mais o Bloco I (Rondônia, Acre, 13 municípios do sul do Amazonas e uma pequena área do Mato Grosso, constituída por parte de cinco municípios) avançaram na execução das ações previstas e estão na fase final para se tornarem zonas livres de febre aftosa sem vacinação, com reconhecimento internacional previsto para maio de 2021.
O próximo passo agora é o envio do pleito de reconhecimento internacional pela OIE ( Organização Mundial de Saúde Animal), que de deve ocorrer até setembro desse anos para ser apreciada na Assembleia Geral de maio de 2021.
A região tem aproximadamente 40 milhões de bovinos, representando 18,5% do rebanho nacional. Atualmente, somente o estado de Santa Catarina, com rebanho de 4 milhões de bovinos, possui reconhecimento internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação.