Vacinação: agronegócio pode ampliar número de doses para 400 milhões

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Caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permita que empresas fabricantes de produtos veterinários produzirem vacinas contra a Covid-19 para humanos, o número de doses disponíveis para os brasileiros pode chegar a 400 milhões num intervalo de 90 dias. O diretor-presidente do órgão, Antonio Barra Torres, disse nesta quinta-feira (8/4) que a Anvisa analisa tal possibilidade.

O senador Wellington Fagundes (PL-MT), relator da comissão do Senado que acompanha as ações de combate ao coronavírus, sugere a conversão do parque industrial de produção do agronegócio para saúde animal para a fabricação de vacinas contra a Covid-19. Fagundes já havia discutido a proposta, tema de debate nesta quinta na comissão, com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e também fez a proposta chegar à direção da Anvisa.

“Na comissão da Covid-19, já estamos debatendo a transferência de tecnologia para produção de vacinas para o povo brasileiro, através das plantas laboratoriais que produzem imunizante para saúde animal”, publicou Fagundes no Twitter. “De forma alguma podemos negligenciar essa oportunidade.”

O diretor da Anvisa afirmou em audiência em comissão do Senado que há mais de 20 plantas de produção de vacinas de uso veterinário, sendo três ou quatro de grandes dimensões. “Existe uma capacidade instalada”, avaliou, na reunião da comissão.

“Então, olhando para frente, a Anvisa considera uma possibilidade factível, exequível. De fato, alguns investimentos serão necessários, pois há que se fazer determinadas elevações de nível de segurança biológica desses, por assim dizer, laboratórios, dessas áreas de fabricação vacinal -talvez algumas capazes de dominar o ciclo completo, outras não, talvez mais direcionadas à questão do envase -, mas não é, na ótica da Anvisa, algo a ser descartado”, acrescentou.

“O entendimento que temos aqui na agência, e não é um entendimento dos mais felizes, é que essa situação que atravessamos está longe do seu fim. Não há entre nós a convicção de que a fase pior tenha passado”, completou.

Com informações da Reuters