O plantio de árvores pelo sistema de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta, o ILPF, deve obedecer a vários critérios antes da escolha de espécies. Como o ILPF é uma forma de otimizar a produtividade, por isso, seus componentes são pensados no retorno.
Carne, grãos, ferragens, couro, leite e madeira são produtos que podem ser melhor extraídos com a adoção do ILPF, segundo especialistas. São raras as florestas plantadas com objetivo de produção de frutas, látex ou resina, e grande parte dos investimentos são futuros.
As escolhas de espécies depende basicamente de três fatores: a existência de mercado, a adaptação da espécie ao ambiente de plantio e o grau de maturidade.
Em resumo: mesmo algumas espécies com avançado grau de maturidade tecnológica, como por exemplo o eucalipto, não podem ser indicadas a todas as regiões de cultivo do Brasil. A existência de mercado e a diferença de biomas devem ser observados.
Recomendar o plantio de uma espécie nativa da região não é algo certo, mesmo com a habilidade de adaptar-se ao ambiente. A existência de zoneamento edafoclimático, embora seja fundamental para a decisão de plantio de determinada espécie, não garante o sucesso do empreendimento uma vez que depende da presença de mercado, escala de produção, e do grau de maturidade tecnológica sobre a espécie.
Fonte: Embrapa Floresta e Vanderley Porfírio da Silva