A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) participou na tarde desta terça-feira (25.05) da instalação da Frente Parlamentar da Agropecuária de Mato Grosso (FPA-MT) da Assembleia Legislativa. O presidente da entidade, dr. Oswaldo Pereira Ribeiro Júnior, prestigiou o evento ao lado de representantes de outras entidades do agronegócio, parlamentares e autoridades do governo estadual.
Criada com o objetivo de discutir os principais temas de interesse do setor e contribuir para o desenvolvimento sustentável do agronegócio em Mato Grosso, a Assembleia Legislativa instalou, na manhã dessa terça-feira (25), a Frente Parlamentar da Agropecuária. Ela tem o objetivo de debater em conjunto com sociedade civil, entidades representativas e órgãos públicos as demandas dos setores produtivos e propor políticas públicas relacionadas às áreas ambiental, comercial e tributária no estado.
A frente parlamentar será presidida pelo deputado estadual Xuxu Dal Molin (PSC) e terá como membros os parlamentares Dilmar Dal Bosco (DEM), Valmir Moretto (Republicanos), Nininho (PSD) e Gilberto Cattani (PSL). “Existem várias questões socioeconômicas e ambientais, que envolvem a cadeia da agropecuária no estado, sendo debatidas em outras comissões da Assembleia Legislativa. O objetivo desse colegiado é aprofundar esses estudos para, principalmente, agilizar a elaboração de soluções. O setor produtivo de Mato Grosso depende dos resultados desse trabalho para avançar na economia”, afirmou o presidente.
Dentre as prioridades para agenda de discussões, Xuxu citou a questão da infraestrutura que segue como uma das principais preocupações, mas ele também destacou a crise hídrica que o estado enfrenta e que pode comprometer as próximas safras, além das questões ambientais que impactam na competitividade dos produtos nos mercados estrangeiros. “A palavra de ordem é sustentabilidade, mas também precisamos melhorar o custo Brasil e o custo Mato Grosso, que pesam sobre preço final dos produtos e encarecem os alimentos que chegam ao povo”, defendeu. “Não adianta Mato Grosso ficar cada vez mais rico, ver crescer a arrecadação, se o povo está ficando cada vez mais pobre. E, alimento caro realmente faz a diferença lá na ponta e o povo sofre”, concluiu.
“Esse é um colegiado muito importante porque vai debater em conjunto com a Câmara do Deputados e o Senado para tratar sobre as questões macro, principalmente sobre a elaboração das legislações”, destacou Dal Bosco.
Ele citou questões como a criação do zoneamento socioeconômico ecológico, a lei do pantanal e as mudanças na lei do licenciamento ambiental, como temas que precisam ser discutidos em conjunto nas esferas estaduais e federais, além das autoridades competentes e sociedade organizada para aprimorar a legislação estadual e fomentar o desenvolvimento econômico e social sustentável dos setores produtivos.