Promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) e pela B3, a 20ª edição do Congresso Brasileiro do Agronegócio tratou da segurança alimentar e da preservação do meio ambiente no planeta, com destaque para a necessidade de utilização de mecanismos financeiros eficientes e investimentos sustentáveis para a agropecuária.
Os participantes destacaram a necessidade de demonstrar que o Brasil produz de maneira sustentável e entrega o alimento com rapidez e qualidade. “A ideia negativa que vigora no exterior é fruto de desinformação e, em alguns casos, de distorções propositais acerca do tema”, disseram.
A sustentabilidade foi o foco do discurso apresentado pela ministra Tereza Cristina – homenageada com o prêmio de Personalidade do Agronegócio. De acordo com a chefe da pasta da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, “a sustentabilidade tem guiado a agenda e ações do Ministério”. Tereza lembrou que o Plano Safra, apresentado em junho, é o mais verde da história e recordou a implementação de planos que nortearão o desenvolvimento do Brasil nas próximas décadas.
No entendimento da ministra, o Brasil conta com protocolos científicos avançados e tem, ao lado da Embrapa, uma parceria para desenvolvimento constante de formas para comprovar que o agro é a solução para economia sustentável e baixa emissão de carbono. “Cuidar do meio ambiente e ter responsabilidade é uma ação diária que imponho ao Mapa. A legislação rigorosa que temos será fundamental para tornar o país líder na agenda global de sustentabilidade”, disse.
Já o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, reiterou a importância do Brasil continuar o protagonismo global nas cadeias alimentares e agradeceu ao setor pelas contribuições para a economia em tempos difíceis de pandemia. “O agro foi a alavanca para nossos superávits na balança comercial. O setor nos faz trazer sustentabilidade também para os projetos de transporte e programas ferroviários em andamento”, confessou.
O presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), Marcello Brito, contou que o setor se reinventou. “Mesmo com as dificuldades da pandemia, tivemos safras recordes e exportações na mesma toada. Somos o 4º maior produtor e o 3º maior exportador de alimentos”, comemorou.
Marcelo entende que o resgate da imagem positiva da agropecuária precisa começar dentro do Brasil, com responsabilidade e legislação forte contra os crimes ambientais. “Não podemos nos calar contra a invasão de terra, a grilagem e o desmatamento ilegal. O Mapa na direção da ministra Tereza Cristina tem feito um trabalho digno para melhorar cada parte do nosso país e seremos protagonistas com a liderança dela”, concluiu.
O Congresso contou, ainda, com a apresentação de três painéis que destacaram a energia limpa e sustentável, o Brasil verde e competitivo e o futuro do agro no comércio mundial.