Agro é o setor mais preparado para os desafios pós-pandemia, afirma ex-ministro

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O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues considera que o setor do agronegócio no Brasil é o segmento que está mais preparado para os desafios após a pandemia do coronavírus, de garantir a segurança alimentar e a sustentabilidade no Brasil e em diversos outros países do mundo. 

As considerações foram feitas durante o evento  Arroba & Prosa, promovido pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), na noite desta terça-feira (05.10).

Durante o evento online, que já está em sua terceira edição, o ex-ministro apresentou a palestra “Perspectivas do Agronegócio na Pós-Pandemia” e fez importantes avaliações do cenário nacional e mundial a respeito das dificuldades enfrentadas durante o período da pandemia e que não atingiu de forma tão impactante o agronegócio.

“Além da tragédia das mortes, teve o desastre da economia que arrebentou a indústria, os serviços, o comércio e restaurantes. Fechou muita coisa e o desemprego cresceu demais. Já o agronegócio, não só não desempregou, como empregou com altos salários, por causa da mecanização e da digitalização”, disse Roberto Rodrigues.

Ainda segundo o ex-ministro, o período evidenciou a incapacidade de diversos países de assegurar a alimentação da população com eficiência.

“A pandemia abriu duas janelas muito violentas, no curtíssimo prazo, que são a segurança alimentar e a sustentabilidade. A segurança alimentar é um tema central hoje para o equilíbrio social e político dos países. Nessa pandemia, alguns países perderam a capacidade de alimentar suas populações e o assunto ganhou grande dimensão. E a sustentabilidade também está em pauta, na COP 26, na Escócia, e temas como aquecimento global, mudanças climáticas e carbono zero serão discutidos agora em novembro. Esses dois temas passam pelo agro, que será responsável pelos grandes desafios mais imediatos da humanidade”, afirmou Roberto Rodrigues.

Terceira edição do Arroba e Prosa promovido pela Acrimat

Conforme estudo realizado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, exposto durante o evento, e que apresenta uma projeção dos próximos 10 anos para que não falte comida em todo mundo, é necessário que se aumente a produção mundial em 20%. Para isso, o Brasil precisaria crescer em 41% sua produção.

Um desafio que é considerado gigantesco, segundo Roberto Rodrigues, mas que deverá ser enfrentado com mais facilidades, já que o agronegócio no Brasil detém a liderança absoluta em termos de tecnologia, equipamentos e incrementos adequados para que esse processo possa avançar rapidamente. “Então, o Brasil tem uma responsabilidade maior do que qualquer outro país nessa questão de segurança alimentar e a sustentabilidade”, disse.

Para exemplificar a capacidade do Brasil, de produzir com qualidade e sustentabilidade, Roberto Rodrigues apresentou dados que demonstram que a produção da agricultura e pecuária cresceu exponencialmente de 1990 até 2020. Na agricultura, a área plantada com grãos cresceu 82% e a produção cresceu 336%, garantindo a preservação de 96 milhões de hectares. Já na pecuária, o crescimento no mesmo período foi de 108%.

“A agricultura brasileira é sustentável na veia. Temos segurança alimentar com a sustentabilidade, que é o que o mundo está pedindo para nós. E não é só em grãos, mas em carnes também. Transformamos grão e capim em carne com uma competência extraordinária, crescendo mais do que qualquer outro país do mundo. O que demonstra que nossa tecnologia é extraordinariamente sustentável. Podemos ser o campeão mundial da segurança alimentar”, encerrou.

Para acompanhar a 3ª edição completa do Arroba & Prosa, acesse o youtube da Acrimat