O período de seca chegou mais cedo em Mato Grosso neste ano e os produtores devem ficar atentos à alimentação e nutrição do seu rebanho. De acordo com os dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), foi registrada uma redução significativa no volume de chuvas desde o mês de abril, quando comparado com o mesmo período de 2021.
As regiões mais impactadas pela seca precoce neste período foram a sudeste e o centro-sul. Isso fez com que boa parte dos pecuaristas começassem a liberar seus animais devido à baixa qualidade dos pastos. E a tendência é de que o clima seco se estenda e permaneça, pelo menos pelos próximos 30 dias.
São esperadas chuvas acumuladas entre 10 e 25 milímetros em grande parte do estado, sendo que a região nordeste registrará maior seca, com previsão de chuvas de apenas 5 milímetros. Diante disso, os produtores que não procurarem sistemas mais intensivos de engorda poderão registrar perdas no processo de engorda dos animais.
“O produtor tem que estar sempre se preparando para esse período de seca, pois é justamente o momento em que o animal vai deixar de ganhar peso, pode surgir o efeito sanfona e isso prejudica a terminação desse animal”, explicou o gerente de relações institucionais da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Nilton Mesquita.
Nilton ressaltou que, com a escassez de chuvas durante o período, a pastagem não tem condições de rebrota e pode acabar morrendo. Por essa razão, o produtor tem que buscar alternativas de alimentação, por meio de semiconfinamento ou um confinamento, que podem suprir a necessidade de pasto.
“O produtor tem que procurar na região dele quais seriam as soluções para ele criar uma ração ou uma complementação do pasto neste período de seca, que tem sido mais longo nos últimos anos. Ao mesmo tempo, os produtores devem ter um cuidado redobrado com os custos, para não ter um grande impacto econômico no seu negócio”, encerrou.