O volume de abates de bovinos aumentou em 10,49% em Mato Grosso no mês de maio se comparado a igual mês de 2015, passando de 374,632 mil cabeças para 413,952 mil. O desempenho do 5º mês deste ano foi o melhor nos últimos 15 meses e ficou atrás apenas de janeiro de 2015, quando 468,62 mil animais foram encaminhados aos frigoríficos. Os dados são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
De acordo com os técnicos da entidade, maio é marcado pelo “fim” do período chuvoso em Mato Grosso, e com isso grande parte dos pecuaristas se prepara para a temporada de estiagem. “Isso se faz a diminuição da lotação de animais nas pastagens, ou seja, acaba por negociar grande quantidade de animais neste período”.
A característica climática se repetiu este ano com o agravante de chuvas aquém da média histórica para o período. “(…) com isso, as pastagens sem o manejo correto, sofreram e devem continuar a sofrer ainda mais em 2016, por isso a movimentação de vendas de bovinos em maio/16 mostrou-se tão acentuada”, ponderou o Boletim da Bovinocultura desta semana.
Mas, o relativo aumento na oferta de animais na indústria frigorífica não indica redução no preço da arroba do boi, que está com preço pressionado pelo custo elevado da ração, puxada pelo valor elevado do milho, que sofreu com a escassez provocada no mercado interno. As previsões do mercado são de que a arroba do boi gordo passe de R$ 131 para R$ 136 até outubro, já que o abastecimento de milho tende a continuar limitado pela quebra de produção do cereal no Estado.
A realidade dos abates em maio não se repete este mês, cuja estimativa é de perda de pelo menos R$ 900 milhões, devido à greve do Indea.
