O Canadá autorizou o início da importação de carne bovina e suína in natura do Brasil e a expectativa da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) é de que a entrada deste novo mercado traga impactos positivos para Mato Grosso, com a ampliação do volume de proteína animal exportada.
De acordo com o diretor-presidente da Acrimat, Oswaldo Pereira Ribeiro Júnior, com a entrada do mercado canadense todos os elos da cadeia da pecuária de corte mato-grossense serão atingidos, desde a porteira para dentro até os frigoríficos.
Isto porque o Canadá é um importante mercado consumidor e possui elevado grau de exigência em relação à qualidade e origem da proteína animal. E além da importação de carnes para o Brasil, também está em negociação pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a importação de fertilizantes do país norte-americano.
“O Canadá abre as portas para as carnes bovina e suína do Brasil, mas principalmente garante um suprimento maior e mais efetivo do potássio, que é um fertilizante importante e fundamental e que o Brasil importa muito. Com o fechamento do mercado de fertilizantes em razão da situação da Rússia e Ucrânia, o Ministério da Agricultura teve de ir atrás de novos fornecedores. O Brasil continua sendo importante na segurança alimentar de muitos países e essa tendência deve seguir e aumentar ainda mais até o final do ano”, afirmou Oswaldo Pereira.
Com o anúncio do início do mercado canadense e levando em conta o market share do Brasil para bovinos e suínos é possível estimar exportações da ordem de US$ 150 milhões por ano, de acordo com o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Orlando Leite Ribeiro.
“Tendo presente que o Canadá não tem imposto de importação para suínos, esse é um mercado que pode ir além do market share basileiro. No caso de carne bovina, existe uma alíquota de cercade 26,5% de importação, mas podemos ter acesso àquele mercado via uma quota da OMC de 76,4 mil toneladas, com tarifa de 0%”, disse.
Desde o início de 2019, o Brasil ultrapassou a marca de 200 novos mercados externos abertos para produtos agropecuários , segundo o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Com informações do Mapa