Abertura dos EUA terá pouco impacto nas exportações de carne em 2019

Analistas estimam reabertura do mercado norte-americano a partir de agosto; missão desembarca no Brasil em junho
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no whatsapp

A missão norte-americana para auditoria no sistema de inspeção de estabelecimentos de carnes bovinas e suínas desembarcará no Brasil em 10 de junho, segundo confirmação recente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). No entanto, segundo relata a consultoria Informa FNP em seu boletim semanal, pelo menos neste ano, o Brasil terá poucas chances de tirar proveito de uma eventual reabertura do mercado norte-americano a partir do segundo semestre do ano.

Segundo relata a consultoria paulista, a indústria brasileira de carne bovina deverá disputar uma cota de 64,8 mil toneladas com países incluídos em um bloco chamado “outros”. Dessa cota, 24% já foram preenchidos até 20 de março pelos demais concorrentes, informa. “Após agosto, esse volume será bem menor”, relata a FNP.

A carne exportada fora da cota preestabelecida tem alíquotas de importação que tornam as vendas inviáveis para o Brasil e outros países.

Em junho de 2017, o USDA suspendeu as importações de carne fresca do Brasil sob a justificativa de preocupações recorrentes em relação à segurança sanitária dos produtos destinados ao mercado norte-americano – foram detectados em lotes da carne brasileira a presença de abcessos (surgimento de pus), ocasionados pela reação à vacina contra a febre aftosa.