Acrimat avalia que decisão da China é um importante passo para retomada das exportações de carne

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A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) considera que a decisão da China, de liberar a entrada da carne bovina brasileira que tenha recebido certificado sanitário antes de 4 de setembro, é o primeiro e importante passo para a normalização das exportações para o país asiático, interrompidas temporariamente há mais de dois meses devido a questões sanitárias.

O Brasil suspendeu as exportações de carne bovina para a China após detectar dois casos atípicos de doença da vaca louca. No entanto, a carne que já estava nos portos continuou sendo exportada e acabou ficando retida na alfândega chinesa. Agora, com a decisão da China, os carregamentos armazenados nos portos chineses serão liberados.

“Vemos com muito bons olhos essa decisão. Essa liberação era o que precisava acontecer, como o primeiro passo para poder desocupar os portos. Com essa carne entrando poderemos, em um segundo momento, produzir e abater novos animais para esse destino. Já consideramos isso como um sinal, um primeiro passo para que possamos retornar e normalizar as exportações”, afirmou Francisco de Sales Manzi, diretor técnico da Acrimat.

Ainda de acordo com Manzi, esse tempo de suspensão das exportações trouxe impactos para todo o país, especialmente para Mato Grosso, que possui o maior rebanho bovino do Brasil e tem o país asiático como principal destino da proteína mato-grossense.

“O estoque que você tem que manter refrigerado, ocupa um espaço que poderia já estar sendo preenchido com novos abates que temos prontos. Mas como temos a garantia da nossa carne, que hoje já atinge mais de 120 países, inclusive reabrimos o mercado para a Rússia, reforçamos a qualidade do nosso produto. Esperamos para, dentro em breve, um segundo e mais importante passo do que esse, que é o retorno normal da produção e exportação da nossa carne para a China”, afirmou.

Manzi reforçou ainda que os casos da doença da vaca louca encontrados no Brasil foram considerados “atípicos”, por serem de um tipo espontâneo e não por transmissão no rebanho. Desse modo, não oferecem riscos à saúde humana e animal.

“Essa situação já foi totalmente esclarecida. O Brasil continua enquadrado como risco insignificante. O Brasil nunca teve um caso da doença da vaca louca típica. Temos a garantia do nosso mercado e de que a nossa carne pode ser consumida em qualquer lugar do mundo”, concluiu.