Acrimat avalia que nova ferrovia tornará setor produtivo mais competitivo

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Maior produtor agropecuário do país, Mato Grosso está no coração do Brasil, e isso o coloca geograficamente distante tanto dos nossos portos, que exportam para a maioria dos países que são parceiros comerciais do país, como também dos estados mais populosos, responsáveis por uma parcela representativa do consumo nacional.

A análise iniciada pelo presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), dr. Oswaldo Pereira Ribeiro Júnior, trata do futuro da economia mato-grossense com a construção da 1ª Ferrovia Estadual de Mato Grosso.

“A logística sempre foi um fator que impactou muito no preço final dos nossos produtos. Com a chegada da ferrovia, nossa malha rodoviária, que além de tímida é cara, tanto o custo por quilômetro como por tonelada, vai experimentar uma transformação para melhor”, diz Oswaldo Ribeiro.

O presidente diz que a ampliação significativa da malha ferroviária “tornará nossos produtos mais competitivos no mercado internacional, diminuindo o custo de envio e proporcionando uma compra de insumos e equipamentos mais justa, tendo em vista a ampliação de nossa logística, com o aumento de interligações entre ferrovias, rodovias e hidrovias”.

Ele completa avaliando a chegada da ferrovia vai impactar positivamente em toda a cadeia produtiva, “trazendo inúmeros benefícios para o setor produtivo, e a Acrimat, que representa o pecuarista mato-grossense, agradece por esta iniciativa”.

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse ontem (22.09), que a “iniciativa é bem-vinda, desde que conjunta com o Governo Federal, que é quem faz o plano de logística nacional. Então, parabéns para Mato Grosso. Pelo tamanho do Estado, pelo tamanho do trecho, da produção que vocês têm em Mato Grosso, eu acho que quanto mais ferrovias é bom para o produtor, para as estradas que terão mais segurança, tendo os caminhões trafegando em um trecho mais curto. Ganha todo mundo, a produção e o Brasil”, destacou a ministra em entrevista à Rádio Capital, com repercussão no site PNBOnline.

“É muito bom para Mato Grosso a convergência. O Governo Federal, o ministro Tarcísio fez uma MP autorizativa agora para que pudéssemos caminhar mais celeremente com os programas de ferrovias no nosso país. O Brasil como um país continental precisa de cada vez mais ferrovias. Nós estamos muito atrasados nesse segmento. Precisamos ter os caminhões trabalhando, mas em trechos mais curtos para abastecer essa ferrovia que tem que fazer os grandes percursos, levando até os portos brasileiros a nossa produção”, acrescentou a ministra.

A Ferrovia

Além de auxiliar no escoamento de grãos e fortalecer a logística do agronegócio em Mato Grosso, a construção da 1ª Ferrovia Estadual será responsável pela geração de mais de 230 mil empregos diretos e indiretos. 

O início da construção do modal está previsto para o segundo semestre de 2022.  A previsão é de que o trecho entre Rondonópolis e Cuiabá esteja concluído e em funcionamento no ano de 2025; enquanto a operação no trecho Cuiabá a Lucas do Rio Verde deverá começar em 2028. Os estudos de impacto ambiental também foram essenciais para que projeto pudesse ser realizado.

Uma vez implantada a ferrovia, a Rumo S/A fica autorizada a explorar a ferrovia pelo prazo de 45 anos, sendo que a infraestrutura ferroviária poderá ser compartilhada pela empresa vencedora com outra empresa de transporte ferroviário que venha a prestar serviços no Estado.

Conforme estudos da Rumo, 26 municípios serão impactos positivamente com os trilhos da ferrovia. Entre eles Sinop, Vera, Nova Ubiratã, Sorriso, Santa Rita do Trivelato, Paranatinga, Diamantino, Nobres, Rosário Oeste, Chapada dos Guimarães, Várzea Grande, Santo Antônio do Leverger, Jaciara, São Pedro da Cipa, Juscimeira, Pedra Preta, São José do Povo, Poxoréu, Primavera do Leste, Campo Verde, Planalto da Serra, Nova Brasilândia, Cuiabá, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Rondonópolis.

Com informações Secom-MT