Acrimat debate cruzamento industrial e traduz dados técnicos em informação

Nério Assis destacou que começou a fazer cruzamento atraído por uma indústria frigorifica que garantia a compra dos produtos a um preço diferenciado; Basilio destacou que a utilização de reprodutores da raca Senepol é uma opção para se obter os benefícios do cruzamento.
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A importância da utilização do cruzamento industrial para aumentar a lucratividade foi o tema debatido pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) na live realizada nesta terça (11), com o médico veterinário Rogério Fonseca e os diretores da entidade Jorge Basílio e Nério Humberto, dois importantes expoentes da pecuária mato-grossense. O diretor técnico Francisco Manzi mediou a webinar, que contou com grande participação do público.

A grande discussão, abordada de forma técnica pelo convidado e pelos exemplos práticos enriquecidos pela experiência dos diretores no assunto, traduziram de forma simples e descontraída mostrou grandes vantagens e limitações do cruzamento industrial.

Dentre os temas abordados pelos especialistas, a Inseminação Artificial foi um dos assuntos que gerou mais interesse, bem como os ganhos com a  heterose, ou vigor híbrido, que representa a superioridade média de um animal cruzado em relação à média dos desempenhos dos pais, principal vantagem do cruzamento entre raças.

Um exemplo dado durante a live foi um dos mais difundidos no Mato Grosso, que é o cruzamento de animais da raça Nelore com animais da raça Angus, que resultaria em heterozigose de 100%, pois a totalidade dos  genes vem  de raças totalmente distintas.

O convidado chamou atenção para o uso da IATF – Inseminação Artificial em Tempo Fixo para que o pecuarista possa utilizar a genética de reprodutores que não se adaptariam as condições e clima tropical nas nossas matrizes zebuínas, em especial as da raça Nelore. O resultado é um ganho de até 20% em desempenho e produtividade.

Ao falar sobre seleção genética e melhoramento, Fonseca destacou que existem produtores que buscam fazer parte de programas de seleção, em busca do melhoramento genético do seu plantel. “E isso é importante, aplicar este conhecimento adquirido é o caminho para aumentar sua lucratividade”, ou seja quanto melhor forem as matrizes do seu plantel, melhor será o resultado do cruzamento.

O Diretor Nério Assis destacou que começou a fazer cruzamento atraído por uma indústria frigorifica que garantia a compra dos produtos a um preço diferenciado, e com a descontinuidade do programa, hoje vende para confinadores e também para exportação para a Turquia.

Já o Diretor Jorge Basilio destacou que a utilização de reprodutores da raca Senepol é uma opção para se obter os benefícios do cruzamento para quem não realiza inseminação artificial.

Um outro ponto abordado foi o destino das fêmeas oriundas do cruzamento industrial edestacaram que elas podem ser incorporadas ao plantel de matrizes preferencialmente por uma cria, serem usadas como receptoras de embrião ou abatê-las já que existem programas de carnes especiais em todo o Brasil que pagam um diferencial por esses animais. Já o macho oriundo de cruzamento deve ser encaminhado para o abate sendo o uso como reprodutor totalmente contra indicado.

LIVE

Para ver a live na íntegra, acesse https://www.youtube.com/watch?v=kUxBgze50C8 e https://www.facebook.com/acrimat.associacao/videos/599196067656270