Acrimat defende suspensão de criação de novas unidades de conservação no Pantanal Norte

A Acrimat mostrou-se contrária no último dia 30 de julho, durante consulta pública, a criação do Mosaico de Unidades de Conservação do Pantanal Norte apresentado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no whatsapp

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) mostrou-se contrária no último dia 30 de julho, durante consulta pública, a criação do Mosaico de Unidades de Conservação do Pantanal Norte apresentado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). As novas unidades de conservação abrangeriam uma área de 523 mil hectares entre os municípios de Cáceres e Poconé.

A manifestação contrária a criação de novas unidades de conservação do Pantanal Norte ocorreu durante consulta pública no dia 30 de julho em Cáceres. A ação contou com a participação de mais de 300 produtores rurais da região e representantes da sociedade civil organizada.

Conforme a Acrimat, a criação de novas unidades de conservação na região do Pantanal Norte trará insegurança jurídica e, consequentemente, sérios reflexos ao patrimônio de centenas de famílias de produtores.

A Acrimat pontua que dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) revelam que diversos pecuaristas terão suas áreas impactadas caso as unidades de conservação venham a ser criadas.

Um estudo do Imea que dos 523 mil hectares de área atingidos com as novas unidades de conservação, 57% são propriedades rurais já identificadas pelo Cadastro Ambiental Rural (CAR).

“Eles pularam muitas etapas e nossa preocupação é a forma como vem sendo conduzido esse processo. Precisamos que seja revisado, precisamos de tempo para analisar os impactos. Não podemos aceitar que seja imposta qualquer tipo de criação sem que a sociedade tenha participação direta nessa discussão. Nós, enquanto entidade de classe, nos posicionamos contrários, por entendermos que um estudo sério se faz necessário nesse momento”, afirma o vice-presidente da Acrimat, Amarildo Merotti, ao frisar que a condução do processo não levou em consideração a situação dos pecuaristas pantaneiros.

O consultor técnico da Acrimat, Amado de Oliveira, pontua que durante a consulta pública no último dia 30 de julho o posicionamento contrário à proposta do ICMBio foi unanime.

Presente no evento, o secretário de Meio Ambiente do Estado, André Baby, salientou que o Governo do Estado tem desenvolvido políticas públicas voltadas para o Pantanal e rechaçou a forma como o Governo Federal, por meio do ICMBio, vem tratando a discussão.