Agropecuária vai passar por onda de rejuvenescimento, diz ex-ministro

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Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura (Foto: Reinaldo Canato – UOL)

A agropecuária brasileira evoluiu muito nos últimos anos. Produziu mais, abasteceu o mercado interno de alimentos e ganhou amplo espaço no exterior.

Está chegando, no entanto, a hora de os mentores dessa agropecuária saírem de campo e deixarem espaço para os sucessores.

E esse será um dos principais desafios do setor a partir de agora, segundo Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura e presidente do Lide Agronegócio.

Rodrigues, que coordena seminário sobre o assunto no próximo sábado (30) em Campinas (SP), diz que a sucessão, apesar de eventuais dificuldades, poderá dar novo ânimo ao setor.

A nova agricultura é dependente de tecnologia, e a liderança agrícola que está por vir está mais ligada à essa nova tendência do que os que saem de comando.

Essa sucessão deve ocorrer em todos os segmentos do agronegócio, segundo ele.

Começa dentro da porteira, na sucessão de comando das fazendas. Passa pelas empresas do agronegócio e deve atingir também as instituições e as associações representantes de classes do setor.

A sucessão deve abrir novos campos para o uso de tecnologia, tanto no controle interno das propriedades como na gestão financeira e na gestão ambiental.

Não há um modelo único de gestão no país, devido às distâncias e diversidades regionais. Uma gestão com base na tecnologia deverá estar presente em todas essas regiões.

“Vem vindo uma onda que vai determinar um rejuvenescimento da agropecuária brasileira”, diz Rodrigues.

”As novas lideranças já nasceram dentro da tecnologia, e esta vai permitir gestões financeiras, de recursos e ambiental rejuvenescidas.”

O ex-ministro destaca ainda a necessidade de uma boa sucessão empresarial para que haja uma continuidade saudável das atividades das empresas. Ele cita exemplos que já se concretizaram como os da Jacto, empresa de São Paulo do segmento de máquinas, e da cooperativa Cocamar, de Maringá (PR).

A sucessão tem de passar também pelas instituições ligadas ao agronegócio. Rodrigues destaca que algumas das modernas associações já exigem a troca constante de lideranças para que haja uma renovação de ideias.