Altas temperaturas aumentam incidência de carrapatos bovinos

Combinadas com alta umidade, cria condições ideais que levam a uma multiplicação grande no meio ambiente
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As altas temperaturas do verão são propícias para a proliferação de carrapatos no rebanho bovino. Combinadas com alta umidade, cria condições ideais que levam a uma multiplicação grande no meio ambiente. Com o clima favorável, os pastos tendem a crescer muito também, o que facilita o acesso ao gado por parte deste parasita, que causa problemas aos animais e gera prejuízos econômicos para pecuária de corte brasileira, estimados em US$ 3,4 bilhões por ano.

De acordo com o presidente do Conselho Técnico da Conexão Delta G, Bernardo Pötter, estima-se que 95% dos carrapatos estão no ambiente e somente 5% estão no animal. Por isso o mais indicado é começar a combater o carrapato logo no início da primavera, quando o mal ainda é pouco visível. “Dessa maneira podemos diminuir a população de carrapatos no ambiente até o final do verão, quando a infestação é maior. É importante a rotação de princípios ativos e realizar o exame de biocarrapaticidograma, para verificar quais drogas estão agindo de forma eficaz na população de carrapatos em questão”, observa.

O especialista salienta que os animais geneticamente mais resistentes à infestação por carrapatos exigem menor número de tratamentos no ano. De forma geral, esses animais somente requerem tratamento no final do verão, quando a população de carrapatos é alta devido à produção de ovos e larvas durante toda a primavera e verão. “Ainda estamos avaliando a redução no número de tratamentos ao longo do ano mas, as primeiras observações vêm mostrando uma necessidade de tratamentos contra carrapatos significativamente menor nos animais geneticamente mais resistentes. Agora o importante é quantificar e avaliar qual a real economia e o impacto econômico dentro do sistema, tanto em despesas com antiparasitários quanto em redução de mão de obra e desempenho dos animais”, ressalta.