Durante palestra no Seminário Empresarial de Alto Nível Brasil-China, em Xangai, o ministro do Mapa Blairo Maggi afirmou que a agricultura brasileira tem capacidade de aumentar ainda mais a sua participação no mercado mundial do agronegócio. “O complexo do agro é bastante diversificado no Brasil. Temos condições de atender a toda população brasileira e as demandas mundiais”, garantiu.
Blairo revelou que sua meta à frente do ministério da Agricultura é aumentar a participação brasileira no mercado mundial de 6,9% para 10% em um prazo de cinco anos. Para tanto, fez um apelo ao presidente Michel Temer para que peça ao presidente da China, Xi Jinping, com quem manterá um encontro neste sábado, que abra a possibilidade de ampliar o comércio com o Brasil.
“Nós temos capacidade de produzir, sabemos como fazer, mas temos restrições, muitas vezes, impostas pelos organismos aqui da China. Eles têm colocado algumas imposições, medidas fitossanitárias que não fazem muito sentido, que prejudicam o comércio”, disse Maggi durante exposição que contou com a participação de empresários e políticos brasileiros e chineses.
O ministro da Agricultura reclamou da demora do governo chinês em liberar a habilitação de novas plantas frigoríficas brasileiras. Para Maggi, essas dificuldades impostas pelo país asiático são usadas como “moeda de troca” para impor produtos chineses.
Blairo viajou no último dia 30 para China onde participará da reunião do G-20. O ministro encontrou o presidente Michel Temer, que voltou a elogiar o plano Agro + lançado pelo Mapa. Durante a primeira reunião ministerial, após tomar posse em caráter definitivo como presidente da República, Temer pediu aos demais ministros que criem um grupo “para desburocratizar as medidas que são tomadas pelo ministério. O ministro Blairo Maggi apresentou um plano, depois que um grupo trabalhou reduzindo as dificuldades burocráticas em 63 pontos determinados”, afirmou.
O presidente revelou que pensava em criar um órgão específico para cuidar exclusivamente da desburocratização, mas, após o lançamento do programa Agro+, ele entendeu que o melhor seria que os próprios ministros possam examinar quais são as dificuldades existentes em suas pastas e apresentar as soluções. A coordenação ficará a cargo do ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.