Brasil, EUA e mais 5 países emitem declaração comércio internacional de carne

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Brasil, Canadá, México, Nova Zelândia, Paraguai e Estados Unidos, membros da Aliança Internacional da Carne Bovina (IBA), entidade que compreende as organizações de produtores de gado destes países, responsáveis por 47% da produção e 66% das exportações da carne bovina do mundo, realizaram congresso anual virtual nos dias 12 e 13 de outubro de 2020.

Na oportunidade, a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), que representa o Brasil na entidade, participou da elaboração da declaração sobre o comércio internacional em 2020, após todos os membros terem feito um diagnóstico dos efeitos da pandemia na atividade pecuária e seus respectivos países.

O documento abre dizendo que “2020 tem sido um ano dificil para produtores de gado, devido a pandemia da COVID-19 que impactou toda a cadeia de produção de carne bovina mundial. Em que pese, setores de gado e carne em alguns países membros do IBA tenham sido severamente afetados, foi feita uma adaptação em todos os procedimentos para que a produção de carne bovina necessária fosse garantida aos consumidores com a mesma qualidade de sempre”.

Em seguida, analisa que a pandemia de COVID-19 trouxe a tona a importância do comércio internacional de alimentos para garantir a segurança alimentar e a liberação do comercio. “Os últimos seis meses provaram que a cadeia produtiva de fornecimento é interconectada, e os produtores de gado de corte em todo mundo continuam firmemente comprometidos com a melhoria do bem-estar das pessoas, dos animais e do meio ambiente”.

Em uma avaliação mais profunda, destaca que “a contribuição dos membros da IBA para a segurança alimentar global não pode ser subestimada. Reitera-se a importância de mercados livres e abertos que permitam aos consumidores o acesso ao fornecimento de alimentos seguros, nutritivos e disponíveis. ”

Lembra ainda que as distorções comerciais, como restrições à exportação, tarifas de importação, cotas tarifárias e barreiras não tarifárias, impedem a correspondência da demanda com a oferta. “Como consequência da COVID-19, a IBA observou com preocupação medidas implementadas que restringem tanto as exportações quanto as importações, tornando mais difícil para os consumidores terem acesso aos alimentos. Reforça-se a importância da remoção dessas barreiras comerciais o mais rápido possível”, complementa o documento elaborado pela Aliança.

Considerações

Os membros da IBA realizaram uma série de considerações sobre o atual cenário comercial internacional da carne bovina, e mostraram compreensão quanto da pressão que os governos enfrentam para manter a segurança dos cidadãos. “Com isso se faz fundamental implementar uso de medidas de acordo com o grau de risco, que são fundamentadas em ciência sólida e alinhadas aos padrões internacionais. Imposição de testes para COVID-19 nas fronteiras, que não estejam fundamentados nos padrões internacionais do Codex, geram preocupação na manutenção da segurança alimentar global.”

O IBA também ratificou uma série de mudanças feitas por muitos países para melhorar o comércio e a segurança alimentar, como redução ou remoção das barreiras comerciais; adoção de certificação eletrônica no lugar da documentação em papel; manutenção de cadeias de abastecimento e aumento da facilitação do comércio de alimentos; e maior transparência nas medidas que afetam a produção e o comércio de produtos agrícolas.

Conclusão

“É de suma importância que os consumidores tenham acesso contínuo a produtos seguros e de alta qualidade. Para tal, todos os países devem trabalhar para reduzir e remover todas as barreiras ao comércio de alimentos, aumentar a transparência e o funcionamento das cadeias de abastecimento e garantir que todos os países adotem medidas baseadas em padrões científicos internacionalmente reconhecidos”, conclui o documento emitido pela Aliança Internacional da Carne Bovina (IBA).