Mais uma boa notícia para a pecuária brasileira: além da liberação de compra de carne “in natura” pelos Estados Unidos, a União Europeia também aumenta a compra do produto nacional.
Mercado importante para o Brasil, os europeus buscaram 61,6 mil toneladas de carne bovina de janeiro a maio deste ano no mercado brasileiro, um volume 12,2% acima do de igual período do ano passado.
O Brasil, que é o maior fornecedor de carne bovina para o bloco, ganha espaço de outros concorrentes.
Pelo menos 44,5% da carne comprada pelos europeus saiu dos portos brasileiros. Esse percentual supera o de 2015, que foi de 42,4%.
O segundo principal exportador de carne bovina para a União Europeia é o vizinho Uruguai, que colocou 20,2 mil toneladas no bloco nos cinco primeiros meses deste ano.
O Brasil ganha espaço ante três grandes competidores no mercado mundial de carnes: Austrália, Estados Unidos e Nova Zelândia.
A Austrália aumentou as vendas, mas em ritmo menor do que o Brasil. Já os Estados Unidos colocaram 26% menos carne bovina no mercado europeu neste ano, em volume, em relação a igual período de 2015.
As importações totais de carne bovina da União Europeia, feitas em países fora do bloco, subiram para 138 mil toneladas de janeiro a maio, 8% mais do que em 2015.
O Brasil aproveitou melhor também a exportação de carnes de alta qualidade para a UE. Da cota de 10 mil toneladas, o país colocou 93% desse volume na safra 2015/16, segundo dados da Comissão Europeia.
Na safra 2012/13, o Brasil havia colocado apenas 30% dessa cota disponível na União Europeia.
BALANÇO
Os europeus fizeram um balanço do rebanho de gado e chegaram a 89,1 milhões de cabeças no ano passado. Esse número vem crescendo nos últimos anos e supera em 2% o de há três anos.
Dados da Comissão Europeia indicam que 43,6 milhões desse gado tem mais de dois anos.