Brasil tem controles oficiais reconhecidos pelos Estados Unidos

Negociação chancela a carne brasileira in natura para exportação
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Um avanço na abertura de novos mercados, é assim que pecuária de Mato Grosso recebe a troca de cartas de reconhecimento dos controles oficiais de carne bovina entre o Brasil e os Estados Unidos. A cerimônia aconteceu em Brasília, nessa segunda-feira, dia 01/08, e selou a abertura de mercado que já era negociada há 17 anos. Para o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), o acordo é estratégico. “Mais que acessar o mercado norte-americano, o Brasil recebe o reconhecimento de um país que é considerado padrão para muitos outros mercados. É o momento de alcançar, ainda mais, as mesas e agradar o paladar dos mais diversos consumidores do mundo”, disse Manzi.

Da dir para esq: senador Cidinho Santos, Amarildo Merotti (Acrimat), Mário Cândia Figueiredo(Acrimat), senador Wellington Fagundes, ministro Blairo Maggi, José Guaresqui (Mapa), Terezinha Maggi e Guilherme Nolasco (Indea-MT)

Da dir para esq: senador Cidinho Santos, Amarildo Merotti (Acrimat), Mário Cândia Figueiredo(Acrimat), senador Wellington Fagundes, ministro Blairo Maggi, José Guaresqui (Mapa), Terezinha Maggi e Guilherme Nolasco (Indea-MT)

A expectativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é de que os ganhos com exportações aumentem em US$ 900 milhões e que os embarques iniciem em 90 dias. “A maior vitória que temos hoje é dizer que o status sanitário brasileiro é compatível com o americano, o que nos coloca na primeira classe mundial em sanidade animal. Isso nos permitirá acesso a países como Japão, Canadá e Coréia do Sul, que seguem esse modelo. É uma avenida larga que temos para explorar”, destacou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi. Assim que iniciarem os embarques, o Brasil terá uma cota de 64,8 mil toneladas para envio aos EUA. Passado esse total de 64,8 mil toneladas, que tem tarifação de 4% a 10% (dependendo do corte), o excedente passa a ser taxado em 26,4%. Para a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, os problemas enfrentados pelos dois países são semelhantes e o acordo agrega muito às duas nações. “Procurar onde podemos melhorar o comércio e juntos trabalharmos para poder encontrar ainda mais áreas no mercado da carne bovina onde podemos produzir mais e exportar”, reforçou Liliana.

Durante a cerimônia o presidente interino Michel Temer destacou a importância econômica do acordo que para país, que tem fechado muitos postos de trabalho. ““Um dos fundamentos da nossa Constituição é que o Estado tem que fazer o possível para manter a dignidade da pessoa humana e é disso que se fala quando o assunto é gerar empregos”, reforçou Temer.

Mato Grosso, que é o segundo estado que mais exporta no país, abate 4,6 milhões de cabeças e produz 1,17 milhão de toneladas de carne bovina. Só em 2015, as vendas externas estaduais foram de 298 mil toneladas. Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Aplicada (IMEA) e do Mapa, o Estado tem 31 plantas frigoríficas habilitadas para exportar para qualquer país do mundo, dessas 19 estão em operação e, duas delas são credenciadas para vendas externas para os Estados Unidos, para atender a demanda de 25% da cota, que deve ser direcionada a Mato Grosso. O diretor regional da Acrimat, Amarildo Merotti, que participou da cerimônia reforçou o trabalho dos produtores e o impacto da conquista para Mato Grosso. “Todos os envolvidos nos controles sanitários brasileiros tem trabalhado duro para alcançar esse status. Seja o Ministério, que sempre esteve atento às negociações, os Estados com as campanhas e atenção aos controles e os produtores lá no campo, que se comprometem e respeitam as regras para que tenhamos um produto de qualidade e com sanidade garantida. O mercado americano é a porta de entrada para o restante do mundo e Mato Grosso está preparado para mais esse desafio”, disse Amarildo reforçando que o Canadá já tem uma missão agendada para visitar o Brasil para avaliação.

Participou também da cerimônia em Brasília, representando a Acrimat, o pecuarista e conselheiro fiscal Mário Cândia Figueiredo.