Detentora de uma população na casa dos 1,3 bilhão de habitantes, a China pode ser a “salvação” da economia brasileira caso amplie ainda mais a aquisição de commodities. Na avaliação do ministro da Agricultura e Pecuária, Blairo Maggi, se o mercado chinês ampliasse a sua demanda ao Brasil em pouco tempo se poderia atender o país asiático e assim trazer mais dinheiro para “ajudar” a economia brasileira se reerguer.
O Brasil em 2016, entre janeiro e maio, embarcou US$ 73,286 bilhões em commodities. Deste volume negociado a China foi responsável por US$ 15,694 bilhões, um aumento de 14,28% no comparativo com os US$ 13,734 bilhões do período o ano passado. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O levantamento das exportações revelam que deste montante US$ 2,522 bilhões em produtos foram negociados em Mato Grosso.
A soja, mesmo triturada, foi o principal item no Brasil adquirido pelos chineses em 2016, somando US$ 8,388 bilhões, 26,59% a mais que os US$ 6,626 bilhões do ano passado. Seguido de minérios de ferro (US$ 2,227 bilhões) e óleos brutos de petróleo (US$ 1,260 bilhão).
O setor agropecuário, na avaliação do ministro da Agricultura e Pecuária, Blairo Maggi, é hoje “o único setor da economia brasileira que pode responder de imediato” a crise econômica pela qual o país passa.
De acordo com Maggi, se houver mais demanda de produtos por parte do mercado chinês o Brasil em pouco tempo conseguirá atender a demanda e trazer mais dinheiro para o Brasil.
Novos mercados
Maggi esteve recentemente na China participando de uma reunião de ministros da Agricultura do G20. Na oportunidade, o ministro participou de oito reuniões bilaterais visando à abertura de novos mercados para o Brasil. Destes encontros ficou acertada uma missão de fiscais agropecuários da China para outubro, onde frigoríficos bovinos, suínos e de aves serão visitados.
Já para agosto e setembro estão previstas viagens do ministro brasileiro para Miamar, Vietña e Coreia (não especificado se seria a do Sul ou a Norte). Conforme Blairo Maggi, a abertura de novos mercados é essencial para que o Brasil não fique dependente apenas da China, que hoje é seu maior cliente.
“A China é um país importante para nós (Brasil), mas não podemos ficar na mão de um só. Se der um problema com esse país (China), qualquer problema sanitário que ele venha a trancar a nossa saída, onde vamos colocar a nossa produção? Esses países que visitaremos são países que já me falaram que tem interesse”, diz Maggi.