A China sempre foi vista como a parceira ideal para os produtores brasileiros de soja. Continua, mas a necessidade de comprar cada vez mais alimentos coloca agora o país em outro setor importante do Brasil: o de carnes.
Os chineses podem se tornar, em curto prazo, parceiros importantes na compra de todos os tipos de proteína vendidos pelo Brasil: carnes bovina, de frango e suína.
China e Hong Kong já são responsáveis por 36% do volume e das receitas das exportações de carne bovina do Brasil.
Nos cinco primeiros meses deste ano, o país colocou 610 mil toneladas no mercado externo, 12% mais do que em igual período do ano passado.
Essas vendas geraram receitas de US$ 2,3 bilhões, 1,4% mais, segundo dados da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne).
Só Hong Kong e China —líder e segundo da lista das importações no Brasil— adquiriram 224 mil toneladas nos cinco primeiros meses deste ano.
Com essas compras, deixaram US$ 822 milhões de receitas no país. A União Europeia é a terceira da lista, com compras de 48,5 mil toneladas, no valor de US$ 295 milhões.
Mesmo comprando 32% menos, em volume, a União Europeia, que paga mais pela carne brasileira, gastou praticamente o equivalente ao valor gasto pela China.
Para a Abiec, as compras da China têm ritmo ascendente. Com menos de um ano de reabertura desse mercado, o país já é o segundo da lista dos importadores.