Considerado um dos sistemas de transporte mais econômico, as ferrovias estão cada vez mais presentes no planejamento estratégico das grandes empresas e países que pretendem otimizar a produção e distribuição de alimentos, sendo este um dos desafios deste início de século. A China tem pensado grande quando o assunto é a garantia de abastecimento do mercado interno com produtos primários de outras nações.
Mato Grosso está nesta lista de prioridades do governo chinês, que este mês empreendeu duas reuniões importantes no Estado, uma com o governador Pedro Taques (PSDB) e outra com o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), como tentativa de convencer da importância da ferrovia Transoceânica. O modal que pretende percorrer quase 5 mil km entre o Rio de Janeiro e o Peru, vai ser um corredor estratégico para o escoamento de grãos que abastecem o Gigante Asiático. “Contudo, o que há hoje é uma intenção de construção desta ferrovia, o que ainda demonstra depender de muito amadurecimento, já que se trata de um traçado muito longo, e que vai envolver muito dinheiro para ser construída”, avalia o diretor-executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira.
Uma das viabilidades econômicas e políticas para a China seria evitar o Canal do Panamá, sob o controle dos Estados Unidos da América (EUA), que não são tão amistosos com o governo “comunista” chinês. Inicialmente, a previsão é que sejam gastos no mínimo R$ 40 bilhões, mas ainda não há estudos de viabilidade concluídos. No mês passado, o governo Chinês apresentou um pré-estudo que está sob análise do Ministério dos Transportes.