Ao contrário das exportações, a aquisição de produtos do mercado internacional pelo Estado recuou em 32,39% neste início de 2018. Enquanto no 1o bimestre de 2017 foram investidos US$ 224,116 milhões na compra de produtos importa- dos, este ano o investimento não ultrapassou US$ 151,522 milhões.
Por meio do Porto Seco de Cuiabá foram “desembaraçadas” a entrada de produtos que resultaram na movimentação de US$ 4,694 milhões, informa o diretor da estação aduaneira, Francisco Almeida. Segundo ele, desde 2014 as importações em Mato Grosso têm diminuído gradativamente. De lá para cá, o Porto Seco registra queda de 88,63% nos valores transacionados. Antes do início da crise econômica brasileira, a estação aduaneira chegou a movimentar US$ 440 milhões e ano passado caiu para US$ 50 milhões. Para Almeida, a reformulação na política de incentivos fiscais pelo governo afetou os investimentos, especialmente a aquisição de maquinários e equipamentos pelas indústrias e pelo comércio.
Para o economista Vitor Galesso, a paralisação dos auditores fiscais, iniciada em novembro de 2017, prejudica a importação e exportação de produtos. Para evitar um impacto maior, ele avalia que o governo federal e estadual precisa intervir. Entre os produtos que se sobressaem na pauta de importações de Mato Grosso estão os componentes para uso agropecuário, como potássio e ureia e fertilizantes. Em Cuiabá, o Porto Seco recebe principalmente pneus e equipamentos para atender a demanda do agronegócio, especialmente silos-bolsa, explica Almeida.
