Consumidores pagam menos

O quilo da carne bovina fechou abril em queda no varejo.
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O quilo da carne bovina fechou abril em queda no varejo. Um dos cortes mais consumidos pela população – o acém – teve baixa de 18,74% na comparação com igual mês do ano passado. Vários cortes ficaram mais baratos e até mesmo as carnes classificadas como “de 1ª” como a picanha sofreram redução, de 3,96%. Os dados são do boletim da bovinocultura do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Cortes de carne de 1ª como filé mignon e contrafilé estão mais baratos do que há 1 ano. O filé mignon, que custava em média R$ 34,96/kg em abril de 2017, chegou a R$ 33,30/kg este ano, que representa baixa de 3,08%. Na comparação com o mês de março, quando o produto atingiu R$ 35,80/kg, a queda é maior (-6,97%). Contrafilé (-0,6%), picanha (-3,96%), alcatra (-2,13%) e coxão mole (-6,4%) também estão mais baratos que em 2017.

A queda de preço foi mais intensa em “carnes de 2ª” como o acém, que está 18,74% mais em conta que em abril do ano passado, caindo de R$ 13,52/kg para R$ 10,99/kg. Coxão duro (- 1,92%), músculo (-7,82%) e paleta (-3,08) também registraram corte nos preço.

A queda é explicada pela grande oferta do produto no mercado interno, de acordo com o gerente de um açougue de Cuiabá, que preferiu não ser identificado. “Está tendo muita oferta do produto. O rebanho é grande em Mato Grosso, a chuva foi boa, e isso tudo dá uma esfriada no preço”, avalia. A baixa, segundo ele, não foi puxada por queda na demanda, que se mantém normal após a crise econômica, embora o consumidor tenha passado a consumir carnes mais baratas.

Na percepção da comerciante Dayane Oliveira, 36, o preço da carne continua alto. “Quando está na promoção dá para comprar bem, mas na maioria das vezes eu acho caro. Então aproveito as promoções”. Juci Oliveira, 42, empregada doméstica, também acha que ficou mais caro e prefere os cortes mais baratos.