Empossado presidente da Acrimat, pecuarista Marco Túlio tem 46 anos, é natural de Uberaba (MG), filho de produtores rurais, graduado em administração de empresas e pós-graduado em agronegócio
O administrador de empresas Marco Túlio Duarte Soares tomou posse como presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) na noite dessa terça (24). O novo representante da entidade afirma que uma das prioridades será dialogar com o governo estadual para que o setor não sofra com novos aumentos de impostos.
Marco Túlio foi eleito em setembro do ano passado e o mandato valerá para o triênio 2017/2019. Também foram empossados na solenidade o 1º vice-presidente Amarildo Merotti, 2º vice-presidente Luis Fernando Amado Conte e toda a diretoria, conselheiros e representantes regionais.
O novo presidente tem 46 anos, é natural de Uberaba (MG), filho de produtores rurais, é graduado em administração de empresas e pós-graduado em agronegócio. Após relatar um pouco da biografia, argumenta que “dá para entender um pouco minha paixão por carne e pela agropecuária”.
À frente da entidade após um ano complicado para o agronegócio em Mato Grosso e em todo o país, Marco diz que o trabalho deverá ser de retomada de crescimento. “A sensação é que o pior já passou e a gente vê uma luz no fim do túnel. A gente vê cenários econômicos e financeiros que já estão sinalizando com melhorias, como os juros diminuindo e as instituições financeiras dando sinais de recursos para a movimentação no agronegócio”.
Apesar disso, Marco Túlio afirma que deve olhar mais de perto para os produtores que, segundo ele, têm sofrido com o aumento da carga tributária e com questões de logística em relação ao escoamento da produção. “O nosso pecuarista vêm patinando para manter o negócio e patrimônio. Os pecuaristas e os agricultores são guerreiros. São pessoas que estão pensando, acima de todas as dificuldades, que o amanhã será melhor. E o nosso desafio é ajudar essas pessoas a suprirem e fazerem com que esses desafios sejam superados”.
O novo presidente pontua ainda que teme uma possível desaceleração no setor, caso a reforma tributária pensada pelo governo eleve algumas alíquotas que incidem sobre a atividade. “A margem [de lucro] do pecuarista já está extremamente reduzida, porque todo o custo de produção subiu e o produto de venda não subiu na mesma proporção. E quando vem uma carga tributária que incide sobre o custo, onerando ainda mais, diminui a viabilidade do negócio. A gente não vê com bons olhos [novos aumentos de impostos]”.
Por fim, Marco Túlio ressalta que tentará trabalhar todas essas questões na base do diálogo e que deve tentar alternativas junto ao governo federal e Ministério da Agricultura (Mapa) para que se abram novos mercados para a carne de Mato Grosso.
