Contratações de crédito crescem 8,5% nesta safra

Os produtores rurais contrataram R$ 1,68 bilhão em crédito nas cooperativas do Sicredi em Mato Grosso, Rondônia, Pará e Acre nos primeiros sete meses da safra 2017/18, que compreende o período de julho de 2017 a janeiro de 2018.
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Os produtores rurais contrataram R$ 1,68 bilhão em crédito nas cooperativas do Sicredi em Mato Grosso, Rondônia, Pará e Acre nos primeiros sete meses da safra 2017/18, que compreende o período de julho de 2017 a janeiro de 2018. O volume é 8,5% maior que o contabilizado no mesmo período da temporada 2016/2017, que somou R$ 1,55 bilhão. Também já supera o montante contratado durante todo o ciclo passado, que totalizou R$ 1,6 bilhão.

Os recursos contratados foram destinados ao custeio, investimento e comercialização da safra. Ao todo, foram registradas 7.675 mil operações, feitas por pequenos, médios e grandes produtores rurais.

O presidente da Central Sicredi Centro Norte, João Spenthof, lembra que nesta safra o Sicredi disponibiliza um total de R$ 2,3 bilhões em crédito rural na região, um aumento de 47,6% sobre o orçamento da safra anterior (R$ 1,6 bilhão).

“Vale destacar que as contratações realizadas nesses sete meses da safra 2017/18 superam o total registrado em todo o ciclo 2016/17. Isso mostra o tamanho do compromisso do Sicredi com a atividade agropecuária e com o crescimento dos nossos associados”, afirma o presidente, destacando que os produtores podem contar com a instituição financeira cooperativa como grande parceira da atividade, que a cada ano trabalha para ampliar o orçamento, considerando os recursos próprios e oficiais, oriundos por exemplo, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO).

Conforme os dados do Sicredi na região Centro Norte, o valor liberado de julho de 2017 a janeiro de 2018 corresponde a 73% do orçamento total para esta safra. Do montante emprestado até agora (R$ 1,68 bilhão), 78,2% foram destinados ao custeio da safra, que somou R$ 1,31 bilhão. Na comparação com o volume liberado para esta finalidade em igual intervalo da safra anterior, quando contabilizou R$ 1,18 bilhão, houve crescimento de 11%. As operações de investimento somaram R$ 334,862 milhões (-5,6%) e as de comercialização totalizaram R$ 31,456 milhões (+203%).

SEGMENTOS – Do total de crédito rural liberado nos primeiros sete meses da safra 2017/18, cerca de R$ 1,54 bilhão, ou 91,6%, foram contratados pela agricultura empresarial, que são os médios e grandes produtores. Na comparação com a safra anterior, quando os empréstimos somaram R$ 1,42 bilhão, o aumento é de 8%. Os agricultores familiares contrataram R$ 140,19 milhões nesta temporada, incremento de 15,8% sobre os R$ 120,99 milhões apurados no mesmo período da safra 2016/17.

Ademir Triches, 48, é produtor em Nova Mutum e trabalha com hortifrúti, no cultivo de hortaliças e frutas como melancia e limão. Está na atividade há 15 anos e atualmente planta 17 hectares. Anos atrás fornecia a produção para revendas em Cuiabá, mas como a logística é um entrave para o escoamento da produção, não só de hortifrúti como de grãos, teve que suspender devido ao custo elevado.

Para compensar a perda do mercado cuiabano, o produtor investiu no ano passado na construção de um espaço para vender os produtos. É uma espécie de quitanda, instalada na rodovia MT-335 – que liga Santa Rita do Trivelato ao Distrito de Ranchão – onde há um bom tráfego de veículos e a clientela aumenta a cada semana. Emprestou R$ 100 mil da cooperativa de crédito, com pagamento em 48 meses, sendo cinco meses de carência. “Espero obter o retorno do investimento em quatro anos”, prevê.

Já o criador de bovinos de Nova Lacerda, Valmir Luiz Moretto, investiu no melhoramento do rebanho e na compra de animais. É associado do Sicredi há bastante tempo e recorre à cooperativa quando precisa investir no rebanho, atualmente formado por três mil cabeças. O mais recente aporte na produção somou R$ 1 milhão. “Com os empréstimos feitos no Sicredi para investimentos adquiri touros registrados e matrizes melhoradas para ter filhotes que ganhem mais peso em menos tempo”, diz ao destacar que esse investimento refletirá no preço pago pelo frigorífico na compra de animais. “Como são animais melhorados, o preço deles será maior”.

Conforme a consultora de Negócios Agro da Central Sicredi Centro Norte, Cristieny Paiva, a tendência é que a instituição financeira cooperativa continue crescendo tanto no saldo da carteira e crédito rural quanto no volume liberado aos produtores na área de atuação (Mato Grosso, Rondônia, Pará e Acre). “A intenção é crescermos no mínimo 13% no saldo. Temos cooperativas que vêm dobrando o volume liberado a cada ano e parte desse crescimento é atribuída ao relacionamento mais próximo e ativo do Sicredi com os associados”. (MP)