Cresce venda de carne para países islâmicos

Brasil vem se destacando em um segmento que por anos foi considerado nicho e que agora ganha volume sobre os demais: o mercado de carne halal
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frigorifico4Um dos principais países exportadores de proteína animal, o Brasil vem se destacando em um segmento que por anos foi considerado nicho e que agora ganha volume sobre os demais: o mercado de carne halal. Consumido pelos praticantes da religião muçulmana, o produto halal – ou seja, permitido por Deus – deve seguir preceitos islâmicos de produção e abate. São regras nas quais as exportadoras brasileiras de carne bovina e de frango vêm se especializando.

“O Brasil tem 90% dos seus frigoríficos habilitados para produzir proteína animal halal e seus derivados”, disse o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe -Brasileira, Michel Alaby. Para ele, o País já figura como o maior exportador de carne para o mundo islâmico – apenas bovina e de frango, já que o consumo de suínos é proibido pelo Islã. O volume, entretanto, alcança apenas 20% da população muçulmana no mundo, de 1,8 bilhão de pessoas.

Só em carne de frango, 45% do volume total da proteína embarcada pelo Brasil em 2015 foi halal, ou 2,07 milhões de toneladas, conforme a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Para o presidente executivo da ABPA, Francisco Turra, o número representou crescimento de 12% em relação a 2014.

Em relação à carne bovina, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) não segrega seus dados entre produto halal e não halal. Mas informa que os países árabes, de religião majoritariamente muçulmana, já adquirem 24% de toda a carne bovina exportada pelo Brasil, resultando num faturamento de US$ 1,4 bilhão no ano passado.