Criadores temem aumento nos custos

A extinção da vacinação contra aftosa deixa os criadores em alerta.
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A extinção da vacinação contra aftosa deixa os criadores em alerta. O receio foi apresentado pelo vice-presidente da Acrimat, Amarildo Merotti, durante a 1a Reunião do Bloco 5. O setor teme que novos custos sejam apresentados pelo Estado, além dos fundos para os quais o setor já recolhe, como o Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), voltado para a construção de estradas, e o Fundo Emergencial de Saúde Animal (Fesa), para sanidade animal.

O vice-presidente da Acrimat explanou que o pecuarista tem um dos maiores custos do país, devido ao seu tamanho e distância dos grandes centros. O custo para abater um bovino em Mato Grosso chega a R$ 42, segundo ele, enquanto em outros Estados é de apenas R$ 2 e R$ 3. “Hoje não é unânime entre os produtores a retirada da vacina, por receio dos custos. A retirada da vacina conta com dinheiro que temos nas entidades estaduais, como o Fesa. Todos os estados estão se preocupando para poder bancar possíveis ações em cima disso. Não dependemos totalmente do governo, mas queremos ele faça a parte dele e não seja mais oneroso que hoje”.

“Infelizmente nossos produtores são penalizados porque temos um custo maior quando se vai comercializar o boi porque temos um Estado de dimensões continentais. Os custos associados à retirada da vacinação são menores em relação ao que se paga para desenvolvimento das estradas, por exemplo. Temos que valorizar a carne e fazer controle efetivo de fronteiras, de entradas. Isso tudo tem que ser equalizado para que o produtor veja isso como oportunidade. Hoje é uma preocupação, mas pode se tornar uma oportunidade”, defendeu o secretário adjunto de Agricultura Econômica da Sedec, Alexandre Possebon. (KA).