Critérios para atestar qualidade da carne de Mato Grosso são discutidos

Rastreabilidade é um dos quatro critérios específicos para atestar a qualidade da carne produzida em território estadual, por meio do selo "Carne de Mato Grosso"
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A rastreabilidade é um dos quatro critérios específicos para atestar a qualidade da carne produzida em território estadual, por meio do selo “Carne de Mato Grosso”. Selo garante ao consumidor a qualidade do produto e que o mesmo cumpriu as exigências socioambientais. Novo sistema de pesagem de carcaças do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) começa em julho.

O protocolo que define os critérios para atestar a qualidade da carne produzida em Mato Grosso foi apresentado para o governador Pedro Taques na última segunda-feira, 13 de junho, pelo presidente do Imac, Luciano Vacari.

FRIGORIFICO2)O Imac é o primeiro instituto para tal finalidade do Brasil e o sexto do mundo. O Imac foi instituído por meio da Lei n° 10.370/2016 e é formatado no exemplo do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (Inac). A ideia de implementar em Mato Grosso partiu do governador Pedro Taques, durante viagem ao Uruguai em outubro de 2015.

Hoje, Mato Grosso possui um rebanho de aproximadamente 29 milhões de cabeças de gado e é líder em abates, levando cerca de 5 milhões de cabeças ao ano para as indústrias frigoríficas.

O protocolo, de acordo com Luciano Vacari, conta com quatro critérios específicos, sendo a rastreabilidade, que possibilita comprovar a origem dos animais, o primeiro deles.

Vacari explica que a rastreabilidade do animal será realizada através da Guia de Trânsito Animal (GTA) eletrônica, nota fiscal e marca fogo do proprietário nos animais.

Os demais critérios tratam do cumprimento de indicadores socioambientais, em que o proprietário precisa comprovar o cumprimento das legislações trabalhistas e ambientais, a inscrição da propriedade junto ao Cadastro Ambiental Rural (CAR). Outro critério diz respeito as unidades frigoríficas, onde os animais serão abatidos, que precisam conter o sistema estadual de pesagem.

O presidente do Imac explica que após o cumprimento de todos os requisitos o produto receberá a identificação do selo “Carne de Mato Grosso”.

Quinto critério

De acordo com Vacari, há um quinto critério no protocolo, ao qual é destinado a atender os mercados ainda mais exigentes, como é o caso do mercado exportador. Ele salienta que para isso é necessário que sejam cumpridos também indicadores zootécnicos, que garantem a precocidade dos animais.

Pesagem

Vacari apresentou ainda para o governador Pedro Taques os três pontos de instalação das balanças nas unidades frigoríficas no Estado. A pesagem, explicou ele, será feita em três etapa, sendo a primeira referente ao animal vivo, ou seja, antes da insensibilização; a segunda pesagem após a evisceração; e a última pesagem será responsável por aferir os pesos para emissão do romaneio e confecção de nota fiscal.

“Hoje em dia o processo de pesagem, acontece no final da linha produção, em que o frigorífico emite o romaneio, que posteriormente é encaminhado ao produtor, na sequência há a emissão de nota fiscal e por fim o pagamento ao produtor. O novo modelo prevê que o Instituto seja responsável pelo peso, que também emitirá o romaneio, encaminhará este para o produtor e frigorífico. Após esta etapa, o frigorífico, com base no romaneio emite a nota fiscal e então paga o produtor”, afirma Vacari.