Diminui número de pecuaristas que utilizam confinamento na engorda

Ainda que menos confinadores tenham decidido realizar a atividade em Mato Grosso, quem optou pelo sistema aumentou o número de animais, que foi o maior dos últimos seis anos
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O pecuarista de Mato Grosso utilizou menos o sistema produtivo do confinamento neste ano. Segundo um levantamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 63% dos criadores afirmaram utilizar seus confinamentos para produzir, contra 68% no ano passado.

Custo de produção

O milho, principal concentrado energético das rações nos confinamentos, está em média 21% mais caro em 2018 quando comparado a 2017. O farelo de soja, concentrado proteico presente em muitas rações, tem um preço 35% maior que o ano anterior.

Por outro lado, a torta de algodão, possível alternativa ao farelo de soja, acumula desvalorização de 31% no comparativo anual, o que a tornou uma opção atrativa ao confinador durante este ano.

A compra de animais também não apresentou alívio de custos aos confinadores neste ano, tanto as categorias mais eradas, como o boi magro, quanto as mais novas, como o bezerro de ano, registraram valorização em 2018. Impactados já por alguns sinais do início da reversão do ciclo pecuário, o boi magro, o garrote e o bezerro de ano registraram preços 6%, 7% e 10% maiores que os de 2017, respectivamente.

Número de animais confinados

Ainda que menos confinadores tenham optado por realizar a atividade neste ano, quem optou pelo sistema decidiu aumentar o número de animais confinados.  Desta forma, o número de cabeças de gado no sistema saiu de 694,14 mil em 2017 para 743,80 mil animais neste ano, crescimento de 7,15%. Este é o maior montante confinado dos últimos seis anos, demonstrando assim o avanço deste tipo de engorda em Mato Grosso.

 Com mais bovinos sendo confinados, a utilização dos confinamentos mato-grossenses registrou avanço pelo segundo ano consecutivo, atingindo o maior nível de uso desde 2014, de 79,74%. Demonstrando assim que, aos poucos, os que permanecem na atividade buscam intensificar o uso de suas instalações.O levantamento conduzido pelo Imea foi realizado por meio de ligações aos técnicos, gerentes e proprietários das unidades confinadoras de Mato Grosso. Ao todo foram entrevistados 70% dos confinamentos.