Eldorado/Estadão – Vaca louca atípica não tem consequências na saúde humana, mas vai aqui um alerta de líderes do setor

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Conversei com Acrimat – Associação dos Criadores do Mato Grosso, dr. Oswaldo Ribeiro, seu presidente que me disse ser previsível esses casos, pois em meio a milhões de animais, surgem pouquíssimos casos. São animais velhos, proteína que degenera no cérebro. São vacas que deitam no frigorífico antes do abate. Portanto, há aqui um alerta de não enviar para os frigoríficos animais com muita idade, mas ele crê que em pouco tempo o assunto com as exportações estará resolvido.

Conversei também com Nabih Amin El Aouar, presidente da Associação dos Criadores de Nelore, que me disse ter sido a situação muito bem conduzida pelo Ministério da Agricultura, pela ministra Tereza Cristina. O convênio com a China e o Ministério da Agricultura deveria se pronunciar, no caso de irregularidade, mesmo sabendo não ser transmissível e contagiosa, a vaca louca (encefalopatia espongiforme bovina). Ele me disse que vai haver prejuízo, mas menor pela ação imediata das autoridsdes. Na última vez houve 13 dias para retomada dos negócios com a China e desta vez acredita Nabih, a solução deverá ser on-line, mais veloz.

Mas também deixa aqui um alerta, um ensinamento para todos nós, até mesmo  o pecuarista em não reter um animal muito tempo nas pastagens, e da mesma forma um ensinamento ao frigorífico para não comprar animais com muita idade e não abatê-los. E também consultei a dra. Liliane Suguisawa, especialista em produção de carne de qualidade, brilhante zootecnista, que acredita que esses dois casos em Minas e Mato Grosso possa ser oriundo das mutações normais de animais mais velhos, e me disse que isso ocorre um caso em 100 milhões de bovinos.

Portanto, como a ministra Tereza Cristina também afirmou, “não há nenhum risco com relação a saúde humana, e esperamos que antes de 15 dias possa estar resolvido o retorno ao comércio internacional”.

Riscos para o Brasil? Muito mais na minha opinião no campo da imagem e das percepções do que na realidade e nos fatos. Precisamos desenvolver inteligência de marketing urgente no agronegócio brasileiro e quem estiver fora da lei colocar na justiça.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.