Eleições americanas não trarão impacto ao mercado da carne bovina

Na análise do ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, Trump pode trazer protecionismo, mas comércio seguirá ditando as regras
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Fonte: Reprodução/FPA

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O ex-ministro da Agricultura e coordenador do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (GV Agro), Roberto Rodrigues, declarou nesta quarta-feira, dia 9, que apesar da perplexidade inicial da vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos e de um protecionismo sinalizado por ele assim que assumir, o comércio ditará as regras e minimizará os impactos nas vendas externas brasileiras àquele mercado.

“Pode até acontecer uma retomada de protecionismo no começo do governo, mas no médio prazo o comércio ditará suas regras e não acredito em mudanças muito profundas”, afirmou. “O comércio tem sua própria ‘vontade’, e ninguém revogará a lei da oferta e da procura”, emendou.

De acordo com Rodrigues, nos oito anos do democrata Barack Obama no comando do governo norte-americano não houve aumento significante do comércio com o Brasil e o único acordo relevante, feito recentemente, foi a liberação das exportações de carne bovina in natura para os Estados Unidos. “Que liberalismo tivemos com oito anos de Obama?”, questionou. “Na carne bovina foram 15 anos de briga e a vontade do comércio foi maior que o protecionismo.”